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domingo, 30 de junho de 2013

E agora Boston?



Boston Celtics....

Sendo eu um fã dos LA Lakers,  posso dizer que este é o Franchise que mais odeio.
Mas ao mesmo tempo é também o Franchise que mais respeito!


Ultimamente tenho reparado numa falta de ambição tremenda por parte de muitos fãs de Boston!
Usando como desculpa o tão conhecido "Celtic Pride", baixaram os braços e em vez de mandarem a "mobília velha" ao mar para que o barco não afunde, preferem ir ao fundo todos juntinhos, de mãos dadas e em família.


Suspeito que grande parte desses fãs não passou pela ERA DO GELO, pós Bird/pré KG e fala assim porque desde que se tornou fã da equipa, sempre teve o frigorífico "cheio".


Já falaremos disso mais tarde....



Os Celtics sempre foram o motivo de inveja da liga.

A sua data de criação remonta ao ano de 1946  quando o presidente da Boston Garden-Arena Corporation, Walter A. Brown decidiu formar uma equipa para competir na BAA (Basketball association of America).


Em 1949 a BAA faliu e a equipa de Boston juntou-se à NBA.

Em 1950 os Celtics fizeram historia pois foram a 1ª equipa de sempre da NBA a escolher no Draft um Afro-Americano.

Os Celtics estavam com dificuldades em se afirmar na liga até que o lendário treinador Red Auerbach e o grande Bob Cousy, chegaram à cidade.


Em 1957 Auerbach escolheu com a 2ª pick do Draft, Bill Russell!
Juntando a ele, Cousie, o Rookie do ano 
Tommy Heinsohn e mais tarde John Havlicek, os Boston Celtics formaram uma dinastia.




De 1957–69, Boston ganhou 11 títulos em 13 possíveis.
Alcançou um recorde que até hoje ainda não foi batido. Nunca uma equipa profissional de desporto americana conseguiu até hoje ganhar 8 títulos seguidos como Russell e companhia conseguiram.

Os Celtics também foram a 1ª equipa com um 5 inicial completamente negro e isso quebrou alguns estigmas vividos pela sociedade naquela altura.


Nesse período nasceu também uma das maiores rivalidades de sempre, em qualquer desporto. Boston durante a sua dinastia, defrontou nas finais por 7 vezes a equipa dos LA Lakers e isso fez com que a animosidade entre as duas equipas durasse até aos dias de hoje.


Depois de Auerbach se retirar da posição de treinador, Bill Russell assumiu o cargo (treinador-jogador) tornando-se assim no 1º treinador negro de qualquer desporto profissional americano.
 

Russell retirou-se em 1969 terminando assim a Era em que tinha sido o principal protagonista.


Entre 1970-79 os Celtics atravessaram 2 fases de reconstrução mas ainda assim com  Tom Heinsohn ao leme, a equipa conseguiu alcançar 2 títulos (1974 e 1976).

Depois de um péssimo recorde na época de 1978 (32-50), o jogador com mais pontos na historia dos Boston Celtics,  John Havlicek retirou-se.


Apesar do destino incerto e da época medíocre que se seguiu, Auerbach tinha uma carta na manga e essa carta chamava-se LARRY BIRD.



Bird que foi a 6ª escolha do draft, ficou mais um ano na Universidade de Indiana State, perdendo na final da NCAA para Michigan State de Magic Johnson .

Os Boston Celtics tinham assim adquirido um dos maiores jogadores da história da NBA e Bird logo na sua época de rookie (ganhou o prémio de Rookie of the year) fez história.
Boston acabou a época com 61 W e 21 L e estabeleceu assim o maior crescimento no numero de vitórias  conquistadas  em relação à época transacta  (+ 32 vitórias que a época anterior).

A equipa ainda assim esbarrou contra os 76ers nas ECF e acabou por ser eliminada antes de chegar à final. 
Anos de glória esperavam a equipa que veste de verde e branco...

Numa das trocas mais surreais e desniveladas da história da liga, Auerbach que tinha juntado várias draft picks, trocou a 1ª escolha do draft e a 13ª para os GS Warriors. Em retorno recebeu Robert Parish e a 3ª escolha do draft. Essa 3ª pick tornou-se Kevin McHale e assim se formou o "BIG 3".

Em 1980-81 os Boston Celtics viriam a conquistar o título frente aos Houston Rockets, depois de terem ultrapassado um verdadeiro teste de fogo contra os 76ers, que estiveram a ganhar 1-3 durante as ECF mas sucumbiram perante Bird e os seus companheiros.

A época seguinte marcou o reencontro de 2 jovens rivais que já disputavam entre si o lugar cimeiro no top de jogadores da liga.
Em 1983-84, Bird enfrentou pela 1ª vez Magic nas finais e a equipa de Boston saiu por cima nesse duelo, conquistando mais um anel. 


No ano seguinte Magic devolveu a gracinha e venceu pela 1ª vez na história dos Los Angeles Lakers, uma final contra o seu odiado rival . 

Mas os Celtics não vacilaram....

A equipa que jogou a época de 1985-86 é ainda hoje considerada uma das melhores equipas de todos os tempos.

Os Celtics tinham adquirido Bill Walton através de uma troca com os Los Angeles Clippers e Walton que vinha de uma época cheia de lesões estava disposto a sair do banco para ajudar o Big 3.
Nessa mesma temporada, Walton ganhou o prémio de 6th Man of the Year, Bird ganhou o seu 3º MVP consecutivo e ambos ajudaram a estabelecer uma marca impressionante.
Dos 41 jogos disputados em casa a equipa venceu 40 e sagrou-se mais uma vez campeã da NBA frente aos Houston Rockets. 
Este seria o último título dos Boston Celtics no séc. XX, pois nos anos seguintes, tanto o Show time de Magic como os Bad Boys de Isiah Thomas, conseguiram derrotar os Cs.

O ano de 1986 ficou também marcado pela morte de Len Bias. 

O extremo da Universidade de Maryland que por muitos era visto como o próximo Michael Jordan, foi escolhido na 2ª posição do draft pelos Boston Celtics mas viria a falecer vitima de overdose por cocaína. Podem ver o documentário sobre a sua história aqui(link).



Bird que já mostrava vários sinais de desgaste e que foi assolado por uma praga de lesões, participou em apenas 6 jogos na época de 1987-88. Foi operado para tentar retirar algumas farpas de osso que tinha nos pés e o que supostamente o faria perder as partidas até ao jogo All Star acabou por fazê-lo perder a temporada inteira.

Depois de ter participado nos jogos Olímpicos de Barcelona representando a Dream Team, Bird retirou-se após 13 épocas como jogador.

Estávamos então a assistir ao fim de uma Era dourada e ao começo da "Era do Gelo", que se instalou na equipa do Massachusetts até 2008. 




A fase pós Bird trouxe caos e tragédia.

Reggie Lewis que era considerado o sucessor de Bird, teve um colapso na 1ª ronda dos playoffs e isso criou um grande alvoroço por toda a liga.
Mais tarde Lewis conseguiu que os médicos lhe dessem alta médica, deixando-o assim apto para voltar a treinar.

Na pré-época, enquanto estava a treinar na Universidade de Brandeis, Reggie voltou a ter um colapso mas desta vez não conseguiria sobreviver. O mesmo foi vitima de um ataque cardíaco e acabou por falecer.

Os Boston Celtics para honrar a sua memória retiraram o seu numero (35) e até hoje a sua camisola está pendurada no tecto do TD Garden. 

O Big 3 tinha finalmente acabado com Kevin McHale a retirar-se e com Parish a embarcar nos New Orleans Hornets. Os Celtics acabaram assim a época com 32 vitórias e 50 derrotas.
A equipa de Boston mudou para o TD Garden em 1995 e na temporada seguinte estabeleceu o recorde de derrotas na história dos Franchise. (67 derrotas)

Outra má decisão tomada pela equipa foi a troca do seu rookie Billups para os Toronto Raptors. Billups viria a ser Finals MVP alguns anos depois, com a camisola dos Pistons ao peito.


O Draft the 1998 trouxe "A Verdade" ao TD Garden.

Com a 10ª escolha do draft, os Boston Celtics escolheram Paul Pierce. Uma jovem estrela universitária que não devia estar sequer disponível na 5ª posição mas que por algum motivo chegou à 10ª sem ser escolhido.

Com Pierce e Antoine Walker, os Celtics pareciam estar perto de virar o barco mas mais uma vez, más decisões fizeram com que a Era do gelo se prolongásse.

Em 2001 os Boston Celtics tinham três first round picks e com elas os Cs escolheram Joe Forte, Kendrick Brown e Joe Johnson. Só o último se viria a afirmar como uma estrela da NBA enquanto os outros 2 foram umas autênticas desilusões.

Depois de em 2002 terem chegado surpreendentemente às ECF, derrotando os favoritos Pistons e os 76ers de Allen Iverson (que tinham estado na final no ano anterior), sucumbiram às mãos de J. Kidd e dos Brooklyn New Jersey Nets.

No ano seguinte Danny Ainge, ex base da equipa, tornou-se General Manager do conjunto.
Depois de em 2004 terem contratado Doc Rivers como treinador, terem  sacado no draft Tony Allen, Al Jefferson e Delonte West e com o regresso do All Star, Antoine Walker a meio a época, Boston conseguiu recuperar o título de campeão da Atlantic Division mas viriam a ser eliminados na 1ª ronda novamente.

Depois de mais um desastre em 2006 no que toca ao draft e às trocas realizadas ( Randy Foye, Dickan e Lafrentz foram trocados pelo super bust, Sebastian Telfair e Theo Ratliff), Ainge conseguiu finalmente acertar uma.

Os Boston Celtics compraram uma draft pick aos Suns que mais tarde se veio a tornar em Rajon Rondo!
A travessia do deserto estava a acabar.

O último ano em que os Boston Celtics estiveram entre as equipas menos cotadas da liga trouxe uma má notícia. Red Auerbach, um dos poucos sobreviventes que estava ligado à génese da equipa, faleceu aos 89 anos.

Para piorar os Boston Celtics tiveram um recorde de 2-22 entre o final de Dezembro e o início de Fevereiro. Paul Pierce tinha um problema no pé e Tony Allen que até o estava a render com alguma qualidade, fez esta parvoíce que lhe causou uma rotura de ligamentos  ACL e no MCL do joelho esquerdo.



A equipa teve o 2º pior recorde da liga e por esse motivo estava com grandes possibilidades de conseguir escolher no draft, Greg Oden ou Kevin Durant.
 A sorte ditou que Boston ficaria com a pior draft pick possível (5ª pick) e isso parecia que ia fazer com que o verniz estalasse.
Circulavam rumores bastante fortes que Doc Rivers iria ser despedido e que Paul Pierce iria exigir uma troca mas depois da tempestade veio a bonança e ambos tiveram a oportunidade de se redimir no ano seguinte...


A Era do Big 3

Ainge aproveitou a derrocada que estava a acontecer em Seattle e na noite do draft enviou  Jeff Green e Wally Szczerbiak para os Supersonics.
Em troca receberam o All Star atirador, Ray Allen e uma draft pick de segunda ronda que mais tarde se veio a transformar em Baby Shaq, Glen Davis.

O segundo passo que o GM orquestrou foi mais difícil de concretizar.
Depois de uma relutância absoluta em ser trocado para os Boston Celtics, prometendo aos fãs que seria para sempre um "Lobo", Kevin Garnett não se mostrava nada interessado em ingressar na equipa do Massachusetts.
Mas a renegociação de contrato que Boston lhe prometeu e que o fez tornar-se no jogador mais bem pago  em toda a história da NBA finalmente convenceu Big Ticket a juntar-se ao projeto.

Kevin McHale que na altura era GM dos Wolves e que já mencionamos anteriormente, trocou KG, recebendo em troca Al Jefferson, Theo Ratliff, Telfair, Ryan Gomes e Gerald Green.

Estava assim formado o BIG 3 que prometia tornar-se numa Dinastia e com a chegada de Tom Thibodeau, os Celtics tornaram-se numa das melhores equipas defensivas de todos os tempos.

Os Celtics tiveram o maior aumento no numero de vitórias. de uma época para a outra na história da NBA (+ 42), acabando com um recorde de 66-16. Depois de uma época espectacular  em que a cidade voltou a respirar basquetebol, o ambiente estava pronto para os playoffs e quem torcia pelos Celtics não ficou desiludido. Depois de um começo lento em que foram por 2 vezes ao jogo 7 (Na 1ª ronda contra os Hawks e na 2ª contra os Cavs de Lebron James), Boston chegou às ECF e derrotou os Pistons em 6 jogos.

Com a chegada dos Celtics à final, a rivalidade entre as 2 equipas mais emblemáticas da liga tinha renascido.
Pela 11ª vez na história da NBA e pela 1ª desde 1987, os Boston Celtics e os Los Angeles Lakers voltavam a encontrar-se nas finais.
Kobe Bryant que naquela altura era o MVP da liga, deu alguns problemas à equipa verde e branca mas depois de terem desperdiçado uma vantagem de 24 pontos no jogo 4, a equipa da Califórnia fraquejou.
O jogo 6 foi uma autêntica humilhação para LAL que perdeu a partida 131-92 e viu assim o seu eterno rival a conquistar o seu 17º título.


Estávamos perante uma equipa que prometia dominar a liga nas épocas seguintes mas não foi bem isso que realmente aconteceu.
Durante a seguinte época, os Celtics alcançaram mais uma marca histórica ao conseguir o melhor início de temporada de todos os tempos.
Os Cs que tinham começado a época com um recorde de 27W-2L e que tinham alcançado o recorde de vitórias seguidas na história do franchise (19), tiveram um percalço pelo caminho que lhes iria custar bem caro. 
Kg lesionou-se e falhou os últimos 25 jogos da época, fazendo com que os Celtics se tornassem num alvo mais fácil de abater.

Depois de uma épica 1ª ronda em que os Bulls levaram a série a 7 jogos (4 deles com prolongamento), Boston deparou-se com Superman e os seus Orlando Magic.
A equipa da Flórida esteve a perder a série por 3-2 mas com Dwight Howard ao leme, conseguiriam infligir um rude golpe às aspirações dos Verdes.

A equipa que mais tarde iria perder nas finais com os Los Angeles Lakers, começava a colocar em causa a supremacia dos Celtics na conferência Este mas a vingança seria consumada na época seguinte.


Boston começou a temporada 2009-10 com bastante fulgor, obtendo 23 vitórias em 28 partidas travadas e ai Doc Rivers decidiu descansar os jogadores mais velhos do conjunto.
A equipa a partir desse momento alcançou 27 W e 27 L terminando a época na 4ª posição do Este.



Destruindo os Heat de D. Wade em 5 jogos e destroçando os sonho que Lebron tinha em vencer um anel pelos Cavs, os Celtics teriam a oportunidade de se vingar da equipa que os tinha mandado para fora dos Playoffs no ano anterior.
Rajon Rondo que nessa mesma época tinha sido pela 1ª vez considerado All Star, já era um contribuidor bastante importante para além do Big 3.

Boston encontrava-se mais uma vez ( 12ª para ser exacto), frente a frente com o seu rival, os LA Lakers.
A equipa do Este que esteve a certa altura a liderar as finais por 3-2 e que parecia estar embalada em direção ao seu 18º título, tropeçou.
A lesão de Perkins no jogo 6 e a derrocada que aconteceu na 2ª parte do jogo 7 (Boston liderava por 13 e acabou por perder) marcaram para sempre o legado deste Big 3.



Depois da custosa derrota com os arquirrivais, a fortaleza começou a desmoronar.

Danny Angie sabia que Perkins não poderia jogar até Fevereiro e isso fez com que contratá-se a dupla de  O'neals como "apólices de seguro".
Enquanto Paul Pierce se tornava no 3º Celtic a alcançar a barreira dos 20000 pontosRay Allen se tornava no jogador da NBA com mais triplos marcados em toda a história, os Celtics iam vencendo mesmo sem Perkins (33-10).

O GM olhou para os números, viu que a equipa estava a ter um bom rendimento com Shaq (19-3 em jogos onde Diesel jogou mais de 20 minutos) e decidiu assim trocar Perkins para OKC, recebendo o jovem em ascensão de Jeff Green.

Com Carlos Arroyo, Green e Krstic a ter vários problemas de adaptação aos novos papeis e com Shaq que jogou apenas 5 minutos depois do dia 1 de Fevereiro 
(devido a lesões), os Boston depararam-se com os Super Miami Heat e foram derrotados em  5 jogos!

Na época seguinte e após Shaq se ter retirado, Boston voltou a fazer uma época mediana terminando em 4º lugar na tabela classificativa.
A equipa que já se tinha tornado na "equipa de Rondo" voltou a encontrar Miami na final e desta vez encostou-lhes as costas contra a parede.
Estiveram a ganhar 3-2 com a possibilidade de fechar o jogo em casa mas depois do  "Good Job, Good effort" e do célebre "Boo Boo go to bed" a equipa voltou a claudicar.

Mesmo com um jogo 7 épico por parte de Rondo, os Celtics mais uma vez caíram vitimas da equipa de South Beach.


Antes da época começar. Ray Allen abandonou Boston e juntou-se à equipa que os tinha eliminado, os Miami Heat.
Ao contrário do que todo o mundo diz e apesar de Ray Allen ser visto hoje em dia como "Judas" para os fãs de Boston, a história da sua partida é muito mais complexa do que se pode pensar.

Ray, que já tinha tido problemas com Rondo e que já teria pedido por várias vezes a Doc que desenha-se mais jogadas para si, foi colocado na casa do cão.
O jovem defesa Avery Bradley tinha atirado a extremo All Star para o banco e isso agravou ainda mais o estado de descontentamento do atirador.

O golpe de graça foi a contratação de Jason Terry por parte do conjunto verde.
Ray que já tinha pouco espaço, não pensou duas vezes e dias depois de saber que JET estava com malas aviadas para Boston, agarrou nas suas e foi para South Beach.

Com Tom Thibodeau já bem longe do cojunto e com bastantes jogadores novos. a equipa dos Celtics parecia estar recarregada e pronta para lutar pelo título mas a época acabou por ser um desastre. Os jogadores novos não se adaptaram bem, o ataque que já era mau com Rondo, passou a ser péssimo (devido à streak de jogos com mais de 10 assistências em que o base se encontrava) e a equipa estava completamente desnorteada.

A equipa acabou por ver Rondo se lesionar gravemente no joelho e já sem gás, chegou aos playoffs apenas para servir como aquecimento para os Knicks de Carmelo Anthony.

Na última semana deparámos-nos com o final do Big 3 e o que estava destinado a ser uma dinastia acabou por sem um "One and Done".
Rivers abandonou o barco e foi para pasturas mais verdes (Clippers).
KG e PP, depois de ponderarem entre eles, decidiram ir para Brooklyn e assim Garnett abdicou da sua "No Trade Clause" (pode vetar qualquer tipo de troca) deixando a troca prosseguir.

Assim terminou mais uma Era que provavelmente deixará saudades.




Futuro......

Agora que já vos adormecemos falando no passado da equipa de Boston e da grandiosidade que a mesma carregou ao longo das décadas vamos falar do futuro sombrio que se aproxima e do famoso "Celtic Pride" que muitos fãs de Boston utilizam, sem saber muito bem o quê que o mesmo significa.

Sendo fã de LA eu não gosto de ver o meu rival morto.
Os rivais querem-se FERIDOS e não MORIBUNDOS e essa é a natureza competitiva de uma rivalidade.
O orgulho de competir pela vitória e de dizer que são o Franchise com mais campeonatos ganhos na história da NBA. Isso para mim (um espectador distante) é o verdadeiro Celtic Pride.

Mas mística não traz vitórias e a necessidade que os fãs da NBA (especialmente os de Boston) têm de se agarrar à "mobília velha" vai-lhes/já está a custar muito caro.
A  caminhada triunfante que uma equipa com um núcleo de estrelas "velhas", deu força a muitos defensores do "comodismo", que já defendiam que KG e PP deviam-se reformar de verde.

Mas o problema é que enquanto sistema de Gregg Popovich potencia todos os role players (aliviando o fardo que o Big 3 de SAS tem de carregar), o sistema de Doc Rivers é altamente dependente da contribuição dos seus melhores jogadores e isso faz com que Pierce e Garnett tenham bastante dificuldades em carregar a equipa.
O Big 3 já devia ter sido destruído há 2 anos.

Mesmo forçando um game 7 contra Miami (2012), essa decisão que Danny Ainge tomou pode muito bem custar aos Boston Celtics mais uma Era do Gelo.
Naquela altura os Celtics conseguiriam bastante mais pela troca dos 2 e isso faria com que o processo de reconstrução fosse muito menos brusco e moroso.

Para todos os fãs de Boston que queriam a reforma do Big 3 em Boston e para todos os fãs da NBA que não entendem como é que  um processo de reconstrução funciona aqui fica...

Há 2 maneiras de reconstruir uma equipa:
  • Recarregar (Via Free Agency)
  • Reconstruir (Via Draft)



Os Los Angeles Lakers são a única equipa na história da liga que década após década consegue efectuar o 1º processo.
Para isso a equipa tem de ter um destino muito aliciante a qualquer estrela que queira levar os seus talentos para essa mesma cidade. (clima/impostos/diversão/estrelas/história).

Isto faz também com que os períodos de transição sejam imensamente menores e que a equipa consiga manter-se minimamente competitiva durante esse mesmo período.



A segunda via é bastante mais penosa e faz com que a ferida demore bastante mais tempo a "sarar".

Temos como exemplo os Supersonics/Thunder que trocaram propositadamente as suas estrelas (Ray Allen e Rashard Lewis) por bens que na altura não estavam sequer perto do valor que os mesmos tinham.

Mas ano após ano, pick após pick, foram-se erguendo e hoje são um dos colossos da NBA.

Para serem muito boas as equipas que escolhem a 2ª via têm de ser primeiro muito más.
E isso pelos visto mexe com a cabeça de muitos adeptos  que não estão com paciência para esperar.

Porquê que acham que Orlando não aceitou Brook Lopez, Humphries, Marshon Brooks, ect e foi antes aceitar uma proposta que lhes oferecia lixo (peço desculpa aos jogadores envolvidos) e picks? 



Porque não querem ficar presos no LIMBO que é o pior sitio para ficar no meio de um processo de reconstrução.
O que é o "Limbo"?!

O Limbo trata-se do local onde as almas vagueiam enquanto não vão para o Céu ou para o Inferno.
Na NBA esse termo serve para descrever as equipas que não são boas o suficiente para competir por títulos mas não são más o suficiente para andar na 1ª fila do Draft, a sacar grandes talentos.

Imaginemos que os OKC Thunder estão no Céu e os Wolves estão no Inferno.
Os primeiros encontram-se numa situação em que todas as equipas querem estar e os segundos embora estejam numa situação má (por enquanto), draft após draft, estão-se a colocar numa posição que lhes vai ser bastante benéfica a médio-longo prazo.

No Limbo estão equipas como os Hawks estiveram durante os últimos 5 ou 6 anos, onde não eram bons o suficiente para lutar pelo anel e não eram maus o suficiente para agarrar os Griffins e os Roses que da NCAA vinham.

Ser muito mau para depois ser MUITO BOM!



Voltando aos Celtics, este será o objectivo.

É óbvio que Miami não durará para sempre e que o BIG 3 de South Beach vai ter de levar umas mexidas porque Dwyane Wade vai dando mostras que está a perder o gás.
Mas o problema de Boston não são necessariamente os novos Nets ou os bi campeões, Heat.

O problema dos Celtics são equipas jovens como os Pacers que ainda vão a subir a montanha ou a equipa dos Knicks que daqui a uma ou duas épocas terão outra vez  $$$$$$ para gastar.

Boston não consegue claramente utilizar a 1ª via.





Os Celtics nunca foram na sua história um destino para onde Free Agents quisessem ir de livre vontade. Não existem jogadores na liga que forcem uma troca e tenham como destino o TD Garden.
O Franchise  não tem a capacidade de adquirir um Free Agent de topo que catapulte a  equipa diretamente para o Céu (Cp3 ou Dwight) e contratar Role players de elite como Josh Smith, Ellis ou Iguodala apenas iriá colocá-los na tal situação em que não serão bons para o anel nem maus demais para a lotaria.



Logo se o caminho A) não existe para os Cs que caminho resta?

A mobília e a mística estão no símbolo da equipa, no nome à frente da camisola e não no detrás, nos estandartes de campeão presos no tecto e nos fãs que torcem pela equipa custe o que custar, venha quem vier.

Paul Pierce e Kevin Garnett estavam claramente a atrasar o processo de reconstrução e só quem fica satisfeito com vitórias morais e histórias de amor onde o casal desaparece no horizonte, com um lindo pôr do sol por trás, deveria aprovar esta situação.


Quanto a Rondo e aos rumores que circulam à sua volta.
Quem me conhece sabe que eu não gosto de Rondo por razões estritamente basquetebolísticas.

Mas está na hora....

Rondo fará 28 anos em Fevereiro e por mais que eu o ache overrated, o mesmo tem de sair de Boston.
Aqui estão os 3 motivos para que eu tenha essa opinião:
  • Enquanto Rondo estiver em Boston ele conseguirá com relativa facilidade levar Green ,Bradley e companhia ao 7º ou 8º lugar do fraco Este e isso incapacita completamente as hipóteses que a equipa tem de se reconstruir.
  • Rondo estaria na casa dos 30 quando o processo de reconstrução acabasse e se a equipa não tem como objectivo ganhar , não faz sentido nenhum que o mesmo não seja trocado por contratos a expirar e DRAFT PICKS na primeira ronda.
  • A razão numero 3 é esta:

O Draft de 2014 tem 3 ou 4 jogadores que podem virar um Franchise e Andrew Wiggins é um deles. Boston este ano será uma equipa que se não pagar a Luxury Tax, por  perto andará.
Para quê manter Rondo na equipa se não haverá a possibilidade de competir por um título nem de apanhar este monstro no draft?
Scalabrine não volta e hora de tomar decisões é AGORA.


Antes de ser fã de LA sou fã da NBA e por isso EXIJO que a Grande franquia que são os Boston Celtics, não caia na mediocridade como aconteceu na Era pós Bird.
Espero que a única coisa que tenham "aprendido" com este artigo não tenha sido que eu acho o Rondo overrated. Peço-vos a todos vocês, fãs de Boston, que tenham paciência e que  mantenham a esperança na equipa que representam.
 Porque a Aura, a Mística e a História são VOCÊS.

Vemos-nos nas finais de 2016!
LA Lakers vs Boston Celtics [Finals MVP - Dwight Howard] ;)

PS: Para os fãs que estão de saída aqui deixo o impresso para tratarem da transferência.
Aposto que não farão falta ;)















30 comentários:

  1. boas

    excelente post!tb nao sou fan dos celtics,mas tal como tu sou fan da NBA!e a nba precisa sempre de uns celtics fortes!

    nezzi

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  2. Muito bom pessoal! uma época a penar para reconstruir! Está a ser assim com os meus Wizards mas penso que já estão a construir uma base bastante sólida. O ideal seria se o processo estivesse um ano atrasado e em 2014 ainda tivessem uma boa posição no draft! Quantos aos Celtics, a modalidade exije que essa grande franchise esteja em grande e a aumentar o nivel da liga! esperemos que voltem em grande dentro em breve!

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  3. O Larry Bird não ganhou o titulo universitário naquele ano...perdeu a final para Michigan State de Magic Johnson...

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    1. Obrigado Anónimo.
      A informação já foi corrigida ;)

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  4. Pelos vistos alguém entrou na minha conta do google a andou a espalhar *** pelo blog e por outros blogs alheios.

    Peço desculpa pelo sucedido mas se alguém vos ofendeu não fui eu! Obrigado!

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  5. Epá, grande artigo! Muito bem escrito e super interessante! Parabéns!
    Sempre admirei a NBA mas normalmente apenas assistia ao jogo pelo jogo, também por não poder acompanhar muito consistentemente. Só mais recentemente procurei saber mais sobre a NBA, a sua história e o sistema de Draft (que é tão estranho aos desportos com que estamos mais familiarizados em Portugal/Europa mas que é um modelo fascinante).
    Ou seja, fiquei deliciado com o texto, porque não sabia grande parte do que foi relatado, e de certeza que aquele tipo de adeptos como eu (que acabam por ser novos ao desporto) ficaram deliciados também. Venham mais!

    P.S.: só tenho um único apontamento, que é à conjugação de alguns verbos. Por ex. prolongá-se ou acabá-se deveriam ser escritas prolongasse e acabasse. Não é nada de relevante mas também não custa nada corrigir.

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    1. Obrigado pela leitura e pelo comentário Luís.
      Fico feliz por ter ajudado um pouco à compreensão do jogo.

      Quanto ao PS, o artigo será corrigido de madrugada visto que não foi possível fazê-lo logo depois da sua publicação (Razões laborais)

      Mais uma vez obrigado pela leitura ;)

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  6. Grande artigo, com uma óptima visão sobre por onde deve passar o futuro dos Celtics. Parabéns!

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  7. o problema e q o andrew wiggins e um sf kem e q ia ser o pg da equipa? o bradley? axo q ele ja n ta habituado

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    1. O que não falta na liga são bases de qualidade a um bom preço.

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  8. Depois de ler isto mudei completamente a minha opinião em relação ao que disseste sobre manter o Rondo.
    Que tipo de lavagem cerebral é esta? :P

    Bom trabalho como sempre Keep Up !

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  9. Landim...
    O que sugeres então é abdicar já do TODO (incluir o Rondo) e sujeitarmo-nos á lotaria do draft?
    Percebo onde queres chegar mas é um tiro de sorte...que maior parte das vezes da em azar.

    Imaginemos que o Rondo fica...
    O que teria de ser feito na tua opiniºao para tornar esta equipa competitiva, já este ano?

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    1. Competitiva para ser comida pelos Heat/Nets/Knicks?
      Ir buscar o Josh Smith num sign and trade manhoso.

      Competitiva para competir pelo título da NBA?
      Mandar tudo ao ar e fazer um full rebuilt.

      Se é para andar nos últimos lugares dos POs estão bem como estão

      Um abraço Neto ;)

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  10. Eh pah...

    Aqui ou no Face, eu so quero agradecer os 10, 15 minutos q me proporcionam... Como sabem, sou fa de Orlando, mas como tu.. NBA in 1st!!! Parabéns, pela honestidade (detesto Boston, mas preciso deles!!!)kkkkk, pela paixão, pela informação e por tudo q de bom têem feito!

    Obrigado!

    P.S. Go Rondo (P.G. na verdadeira acepcção da palavra), e apostem q se vai tornar no jogador com mais triplos duplos da NBA...
    E... sei q n dispõem de tamanha reputação, mas!!! Lets Go Magic ;p

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    1. Mais uma vez obrigado pela leitura e pela simpatia Hugo.

      Embora tenha estragado o seu comentário com a parte do Rondo eu não o vou apagar LOL ;)

      #Orlandipo ;)

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  11. parabéns pelo artigo! podem-se conhecer essas 'razões' para não gostar do Rondo? só por curiosidade ;)

    obrigado

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    1. Obrigado pela leitura João ;)

      Ele joga o jogo "ao contrário"...
      Brevemente falaremos sobre isso com certeza mas com ele no estaleiro não acho justo/pertinente estar a falar disso ;)

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  12. Já te disse no chat do facebook e digo aqui mais uma vez porque acho que nunca é demais, trabalho muito bom, conteúdo muito interessante, sejam este tipo de posts ou os dos resumos dos jogos.

    Sendo eu alguém que ganhou interesse no basketball apenas há alguns anos, todos os posts que são aqui colocados me vão ajudando a perceber mais um pouco de cada vez. Excelente trabalho, keep going ;)

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    1. Mais uma vez obrigado Teixeira..

      Tens que ver se ensinas algo ao Afonso depois que ele não aprende nada lol.

      Grande abraço ;)

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  13. Encontrei hoje este blog e respetiva página de Facebook e digo-te que passei o dia navegando por aqui, muito bom, muito bom mesmo... Mas fiquei triste porque queria análises destas a toda a hora xD... Continua por favor, caso pares este projeto vou juntar um grupo e vou a tua procura para te tratar da saude XD AHAH. Os Fans da NBA precisam de coisas destas escritas em portugues...

    Mais uma vez parabéns, trabalho fantástico... e Go Bulls!!!

    P.s - Não te atrevas a falar mal do Derrick Rose! xD AHAHAH
    Abraço

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  14. Acabaste de acrescentar o Rose à minha lista negra lol...

    Muito obrigado pela simpatia e pela leitura António.
    Vamos tentar não desiludir ;)

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  15. Excelente artigo, bem estruturado e com muita informação pertinente.

    Tenho é uma breve observação quanto à tua definição de "Celtic Pride". Vindo de um fã dos Celtics de longa data, Celtic Pride é algo que ultrapassa o basquetebol. Descreveste-o como sendo o orgulho de lutar constantemente pelo título e de ser a "franchise" com mais rings, mas eu acredito firmamente que é muito mais que isso. É pelas razões que referiste acima que eu tenho tanto orgulho nos Celtics; uma equipa que durante anos derrubou as fronteiras da sociedade eliminando quaisquer preconceitos quanto aos seus jogadores.

    O meu orgulho nos Celtics deriva também do sentido de união e fraternidade comum entre jogadores, treinadores e adeptos. Os Celtics são uma família que já passaram por tudo desde momentos de frustração a sucessos que jamais serão reproduzidos. Enquanto que há "franchises" que se servem da sua localidade para atrair o sucesso, os Celtics acumularam mais títulos que qualquer outra equipa apesar de serem sediados numa cidade pouco procurada pelos "Free Agents". O nosso sucesso é baseado no trabalho, o verdadeiro sentido da frase "Earnt not given".

    Resumindo, eu tenho um orgulho imenso na minha equipa e esperarei 20 anos para vê-la ser campeã novamente, se assim o tiver se ser (apesar de estar confiante que estaremos a lutar pelo título #18 mais uma vez daqui a 5-10 anos).

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    1. Queres tu e queremos todos que os Celtics voltem a competir.
      Quanto ao Celtic pride, aposto que vocês fãs dos Celtics o sentem e o conseguem descrever melhor do que eu.


      Muito obrigado pela leitura e pelo comentário ;)

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  16. Dos melhores artigos que vi por aqui! Fazem falta este espirito desportivo em muitos outros desportos.. Mas também... NBA é NBA

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  17. Adorei ler este artigo, só hoje tive a oportunidade de ler ao pormenor o artigo e está de encontro a todas as minhas ideias.
    Gostava que tivesses falado do novo head-coach e das suas metodologias mas de resto está 5*.

    Obrigado por estes momentos de puro prazer.

    Abraço de um Celtic Fan ;)

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    1. Obrigado pela simpatia Ricardo e pelo comentário.

      O treinador ainda não tinha assinado pelos Cs quando fizemos isto.

      ;)

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  18. Um excelente artigo sobre uma das míticas equipas da nba, e para mim que comecei a ver NBA regularmente a cerca de dois anos, foi muito bom ter conhecimento do passado dos celtics e espero que estes voltem ao lugar que merecem na NBA! Quero também agradecer a qualidade dos outros artigos aqui publicados e que continues com o magnifico trabalho que tem sido feito ate aqui.

    Um abraço :)

    Diogo

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