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sábado, 24 de agosto de 2013

Será que MERECEMOS #TheReturn ???





28 de Maio de 2012

O United Center assistia a um Chicago Bulls – Philadelphia 76ers, primeiro jogo da primeira ronda dos playoffs da conferência este da NBA. Playoffs de uma época encurtada pelo lockout. Uma época marcada por muitas lesões em vários jogadores da equipa de Chicago. Mas o que não se sabia era que o pior estava para vir.
Depois de uma época em que chegaram às ECF (onde caíram às mãos dos Miami Heat), os Bulls acalentavam o sonho de vingar a derrota frente a Lebron James e companhia, finalmente chegando às finais da NBA pela primeira vez no pós-Jordan.

Mas esse sonho terminou quando no cronómetro marcava 01’22’’ do 4º período do referido jogo. Com a vitória no saco, e mais uma sólida exibição (23 pontos, 9 ressaltos e 9 assistências), Derrick Rose cai no chão após o seu joelho esquerdo ter cedido.



O Pavilhão calou-se em antecipação e os companheiros de Rose, tinham as faces mais brancas que o equipamento alternativo em uso nesse jogo. Sim, porque todos eles sabiam o que significava se o pior cenário fosse confirmado.

E foi… Derrick Rose tinha feito uma rotura no ligamento cruzado anterior (ACL em inglês) do joelho esquerdo. 


Uma lesão que terminaria a sua participação naquela época (e também, embora posto em segundo plano, impedi-lo de disputar os Jogos Olímpicos com a TEAM USA, da qual faria parte se estivesse saudável) e que o iria afastar da competição durante muitos meses…

A queda do MVP da época anterior abalou de tal forma a equipa que acabaram por ser eliminados nessa 1ª ronda dos playoffs, numa série que terminou 2-4.

Com uma lesão (grave, certo) caíram as esperanças de uma equipa, de uma cidade, de uma legião de fãs a nível mundial (favor agradecer esse facto a MJ)
Dois dias após a eliminação dos Bulls (12/05/2012), Derrick Rose era operado pelo Dr. Brian Cole, chefe do departamento clínico dos Chicago Bulls e especialista em ortopedia (E mais não sei quantas coisas que fazem com que o seu CV tenha 129 páginas. Sim, eu fui procurar e se não acreditam em mim vejam por vocês mesmos(link).

Três dias depois, o Dr. Cole dava as primeiras impressões e prazos a uma ávida imprensa e a uns emotivos adeptos. O “fan favorite”, o “son of Chicago”, o “youngest MVP ever” iria ter um processo de reabilitação de 8 a 12 meses:

"We're at this point very optimistic. ... We think of recovery as the long process that's in stages. But the short answer is the time frame we believe an athlete of this caliber generally requires is about eight to 12 months. Sometimes shorter, sometimes longer.”

"While he will be at hopefully a very high level at 12 months, it still may take slightly longer for him to be at his pre-injury level. That's not uncommon for athletes of this caliber."

Só para situar cronologicamente estas declarações, como referido anteriormente o Derrick Rose foi operado a 12/05/2012. Doze meses depois (como foi dito pelo médico), faltavam 2 jogos para terminar a época.

Sim, a recuperação conta OBVIAMENTE a partir da operação, não da lesão
 E não esquecer que o médico também disse: “…demora de 8 a 12 meses. Às vezes menos, às vezes mais.”. Repito: “…de 8 a 12 meses. (…) às vezes mais”. 
Acho que aqui é bem explícito o carácter único que estas lesões têm… E se calhar aqui dá para tentar perceber que podemos comparar tempos de recuperação entre atletas que tiveram lesões semelhantes mas não podemos afirmar que “jogador x demorou y meses a recuperar LOGO jogador z ou regressa no mesmo tempo ou é um fraco…”.
A vida real não é como a primária, o ciclo ou o secundário...

Continuando, o Dr. Cole fez questão de referir que não iriam forçar o jogador em nada. E que se fosse preciso, adiariam prazos:

"We're not going to rush it," Cole said. "The most important thing is all of us feel comfortable based on specific parameters that he's ready to go at each stage as we advance him. If he's not ready, we'll delay. If he's ready, we'll move him to the next stage. People do get back in six months after ACL reconstruction, but it's not common in a professional sport such as this with an athlete of this caliber, mainly because the downside of not being fully prepared is a worst-case scenario. We're trying to zero out the risk."

Como ultimo tópico abordado, o Dr. Cole avisou que a parte psicológica seria muito importante:

"If you look at reasons why athletes do or do not get back to their pre-injury level of play, there's no question that the psychological component is part of it. He will have to learn to be able to trust his knee."

Analisando à posteriori, noto que esta é a parte mais importante das declarações do médico e aquela ao qual foi prestada menos atenção. E depois reclamou-se o que se reclamou. Depois insultou-se o que se insultou. Depois todos os Derrick Rose’s que por aí andam e que sabem a realidade em que se encontra o jogador, fizeram todos os juízos de valor SEM dar o devido desconto de quem NADA sabe sobre o mesmo… Nem eu sei. Mas eu não julguei!

Mas voltando atrás, a vida continuava para o Rose e para os Bulls. 
Obviamente, dado o seu estatuto e a sua produção em campo, a lesão e a recuperação do Derrick Rose tornaram-se dos temas mais importantes da offseason em 2012.
Os Bulls criaram um plantel equilibrado mas as expectativas eram baixas. Ninguém acreditava que os Bulls fossem a algum lado sem Derrick Rose. E acho que qualquer pessoa atenta ao fenómeno NBA estava ciente disso.

O apoio mostrado ao jogador era imenso e pouco a pouco, Rose ia aparecendo cada vez mais.
A 20 de Julho faz um vídeo a agradecer o apoio dos fãs



…e a 14 de Agosto actualiza o Twitter com o seu regresso aos pavilhões.



Os fãs estavam contentes com a recuperação da sua estrela. A época estava quase a começar e fontes próximas do jogador afirmavam que a recuperação estava adiantada.
A época começa mas a cada jogo da equipa, todo o fã de Chicago pergunta-se para quando poderá ver a sua estrela maior. Os meses passam, Outubro, Novembro, Dezembro e lê-se todas as semanas nos media que a recuperação corre bem. Que está adiantada. Começa-se a falar no All-Star Break.

Em Janeiro, mais um episódio na “saga”. 
Iman Shumpert, que se tinha lesionado da mesma forma e no mesmo dia que Rose, volta a jogar pelos Knicks (nem vou entrar em pormenores sobre o Ricky Rubio ou o Adrian Petterson…). Este determinante para a mudança de paradigma que iria assistir-se em parte dos adeptos da NBA.

Aqui começa das mais incompreensíveis campanhas de vilanização de um atleta desde a #TheDecision.

Os “haters” iriam fazer o seu habitual papel (que é destilar o ódio). Tudo normal aqui.
O que foi incompreensível para mim, foram os próprios fãs de Chicago a virarem-se contra a sua própria estrela. A ingratidão demonstrada a cada comentário sobre o que eles pensam que sabem sobre Derrick Rose. Again, eu também não sei. Mas eu não julguei!

Outrora um dos meninos bonitos de Chicago e da NBA em geral, com high praises para a sua humildade e rectidão, agora era chamado de preguiçoso, de egoísta, de psicologicamente fraco… Era acusado de virar as costas aos fãs, à sua cidade, aos seus colegas de equipa (e aqui tenho que elogiar os colegas de equipa de Rose. Porque NENHUM deles virou as costas ao seu colega. Nenhum deles teve uma única palavra a dizer contra o Rose. Nenhum deles. 
E se calhar eles sabem um pouquinho melhor a situação do que os fãs, certo? 
Se calhar eles teriam mais razão de se sentir enganados e abandonados, se realmente fosse assim, certo? 
E acrescento que não caíram no ridículo de comentar publicamente uma situação que não conhecem, não é Bradley Beal(link)???).
REALLY??? O gajo que devolveu algum tipo de esperança a uma equipa mediana no máximo desde os tempos de Michael Jordan? O gajo que desde a sua rookie season que leva os Bulls aos playoffs (a equipa é boa, mas sem ele era assim tão boa?)?
Devem estar a brincar comigo...
Mas não fica por aqui.

08 de Março 2013

A saga Derrick Rose #TheReturn ganha novas dimensões de ingratidão (sim, INGRATIDÃO):

Segundo uma notícia da ESPN Chicago, fonte dos Bulls afirmava que os médicos tinham dado alta médica ao Derrick Rose. Alta médica.
Então isso quer dizer que ele vai jogar, certo?
Errado.
Errado? Então o que quer dizer esta alta médica?

Quer dizer que, no que diz respeito ao joelho, o Derrick Rose pode jogar basket sem restrições físicas. Não quer dizer que as palavras do Dr. Cole, que referi serem das mais importantes e as mais negligenciadas, tenham sido resolvidas pelo jogador (“He will have to learn to be able to trust his knee”). A alta médica que lhe foi dada em Março não quer dizer que o Rose estivesse mentalmente preparado para competir.


Paremos por um segundo:

O que é competir para o Derrick Rose (não esquecer que isto não é para nenhum de nós, é para um dos mais atléticos jogadores da NBA, das competições (senão A competição) mais duras do mundo)?
É fazer um jogo ao fim-de-semana com os amigos?
É jogar um jogo por semana, num ritmo semi-lento?
É fazer drives de 20 segundos e depois sair para o banco descansar, como na NFL (desporto que adoro, by the way, GO COLTS)?
É cumprir um jogo de futebol que embora tenha 90’, o tempo útil ronda entre um terço e metade disso (outro desporto que adoro e no qual desenvolvo a minha actividade profissional)?

Isto para dizer o quê: jogar basket não é jogar o Derrick Rose’s basket.
Estar apto para jogar basket não é estar apto para jogar o basket que o Derrick Rose joga (diria o mesmo se fosse o Russell Westbrook, o Lebron James, o Blake Griffin e muitos outros que apoiam o seu jogo nas suas vantagens físicas comparativas). 
Estar medicamente apto, não é estar apto para pôr o corpo na berlinda como o Rose fazia noite após noite frente a jogadores com o dobro do seu tamanho. 
Não é estar automaticamente confiante para fazer tudo o que fazia antes. E isso é o que ele sabe fazer. Não é como que o Rose pudesse pensar para si:

Ok, como tenho que ir devagarinho, vou jogar mais como um base de distribuição e não há slashing para ninguém.


Acham realmente que isto funciona assim? 
Não! 
A recuperação do Rose é recuperar o corpo para jogar como ele joga, como ele sabe jogar…
E quando os médicos disseram que o Rose já podia jogar, não poderia ser entendido como
“ok, o Rose joga no próximo jogo”

Gostava que neste momento tivesse sido perguntado ao médico, em frente a todos os fãs o seguinte: 
Ok, Doc, ele pode jogar. Mas pode jogar como ele joga habitualmente? Rasgando defesas, atraindo contacto com gajos com mais 7, 8 ou 9 inches que ele para depois fazer o ‘circus shot’ ou cuspir a bola para um colega?”

Porque é isso que significa o Derrick Rose estar apto para jogar. Não é simplesmente já não haver risco de recaída…
Mas isto foi entendido, percepcionado pelo exterior?
Pelo seu treinador foi. Pelos seus colegas foi. Pelos fãs e pelos media não

E começaram as teorias da conspiração:

1º Seguro: os Bulls não deixariam o Rose jogar porque assim recolhiam do seguro parte do ordenado do jogador. Quem falou disto, não faz a mínima ideia de como se processam os seguros na NBA (sugiro a leitura da questão 72 da NBA FAQ do Larry Coon)

Para os jogadores segurados (como é o caso do Rose) há um período de espera de 41 jogos depois do qual o seguro paga 80% do restante salário. Ou seja, o Rose não ficou a época toda de fora por causa do seguro. Primeiro, o jogador receberia do clube o valor do seu ordenado (cerca de 17,6M) se jogasse os jogos todos ou nenhum da época passada. Segundo, os Chicago Bulls, a partir do dia 23 de Janeiro de 2013 (após o 41º jogo da equipa na época), estavam já elegíveis para receber a parte que lhe cabe do seguro (cerca de 7M). Não receberiam nem mais nem menos a partir daí. Quer o Rose jogasse no jogo seguinte ou se falhasse o resto da época.


2º Venda de bilhetes: Os Bulls sabiam que o Rose não iria jogar a época inteira mas manteve a dúvida para que o pavilhão estivesse sempre cheio de adeptos esperançosos do dia do regresso do Rose. A sério? 

Os Bulls são a equipa que vende mais bilhetes na NBA há quatro épocas consecutivas (imaginem se ganhassem títulos). 

Esta é a equipa que há 9 épocas seguidas que fica em 1º ou em 2ª na lista das equipas com melhor média de assistências da NBA

Esta é a equipa que foi a pior da NBA em 2000/2011 e mesmo assim, em termos de assistências, ficou apenas atrás dos San Antonio Spurs (Não esquecer que já não havia Jordan).

É esta a equipa que precisa de manter no ar algo que não se iria concretizar (transformando-se posteriormente num desastre de Relações Públicas) para vender bilhetes? 
Por favor…

17 de Abril de 2013.

Os Bulls terminam a época regular no 5º lugar da conferência de Este e vão disputar a 1st round com o Brooklyn Nets
Muitos fizeram o funeral à equipa pela falta de qualidade para opor-se a Deron Williams, Brook Lopez e companhia limitada. E o choradinho acontecia também dentro do seio dos fãs de Chicago. Lia-se nas redes sociais:

“Se ao menos o Rose regressasse como é sua obrigação”... 

Continuava a ideia generalizada de que o Rose não regressava, simplesmente porque não lhe apetecia. Pronto. E é isso. Um rapaz que não fez mais nada na vida do que jogar basket. Um rapaz que é bom no faz e é endeusado por isso, simplesmente não quer regressar… Alguém no seu perfeito juízo, conhecedor do fenómeno NBA nas últimas 4 épocas as quais o jogador fez parte, acredita que o Rose NÃO QUIS jogar durante a época que terminou?

Alguém que viu todos os jogos dos Bulls nos playoffs, que viu o Rose no banco, que viu o seu entusiasmo, o seu envolvimento, a sua paixão, acredita mesmo que ele não queria estar dentro de campo?



Os Bulls, desfalcados e de forma heróica, afastaram os Nets e as críticas subiram ainda mais de tom (sim, parecia que não era possível mas mesmo assim…).  
1º a ambição desmedida 

“Batemos os Nets, agora se o Rose voltar limpamos os Heat”. 
A sério? Seria assim tão fácil? Então porque raio ninguém o fez nos últimos dois anos?

2º 
“Se o Rose voltar limpamos os Heat”
Se o Rose voltar como? Como o MVP de 2010/2011? Ou como um jogador que teve 373 dias sem estar num jogo competitivo e quase de certeza com restrições de minutos?
Nunca cheguei a perceber bem qual deles é que os fãs queriam. O cenário irreal naquele momento ou o cenário real que não iria fazer realmente a diferença (até porque não era só o Rose que estava lesionado). 
Jogar por jogar?
Mesmo ele não se sentindo confortável com o seu corpo? Só porque sim? Era isso que os fãs julgavam que era a obrigação do Rose?
A obrigação do Rose para com os fãs do Basket e particularmente com os fãs dos Chicago Bulls não era jogar 20, 30, 40 jogos em 2012/2013. Era cumprir a recuperação necessária para voltar a ser o jogador que encantou pelos pavilhões da NBA durante quatro épocas. Era permitir-se a recuperar o necessário para poder assegurar a longevidade da sua carreira. Era manter-se fiel a si próprio e não pensar pela cabeça de quem não sabe o que ele está a passar. Novamente, eu não sei. Mas também não julguei!

Admito que existiram condicionantes extra que “forçaram” a impaciência dos fãs mais “sensíveis”. A Saga #TheReturn (que acredito que, quando foi discutida e combinada entre a Adidas e o Derrick Rose, ambas as partes acreditavam piamente que o jogador iria regressar eventualmente durante a época anterior) criou nos adeptos a certeza que 12/13 seria a época do regresso.
Atualizações inocentes do estado do jogador, feitas por pessoas próximos do Rose (mais o seu irmão e agente, Reggie), por colegas de equipa e mesmo pelo Coach Thibs levaram as expectativas para o lado errado da esperança.
O próprio Rose manteve que tinha esperança em jogar. E isto fez com que dúvida ficasse sempre no ar (mas mais uma vez aqui vemos o quanto o rapaz queria jogar. Sempre disse que quando se sentisse preparado, iria jogar. Em todo e qualquer momento em que lhe foi perguntado).
E o próprio Front Office dos Bulls poderia ter feito a gestão das expectativas públicas de forma diferente, embora o pecado deles tenha sido deixar toda a questão nas mãos do Rose (que se analisarmos friamente, era como devia ter sido e assim foi…).
Em suma, isto poderia ter sido gerido de forma a que os fãs não se virassem contra o Derrick Rose.

Mas uma pergunta: 


Alguém no seu perfeito juízo (conhecedor do fenómeno) diria no início de 2012/2013, que era possível os fãs de Chicago virarem-se contra o Derrick Rose? O menino de oiro de Chicago? Esse cenário era uma eventualidade (e aí ser preciso uma estratégia para contrariar)? Acho que ninguém pensou que seria possível. Para imaginar tal cenário como aquele que se passou no ano passado, era preciso o Jerry Reinsdorf, o John Paxson ou o Gar Forman serem o oráculo do Matrix. Ou o Zandinga(link)


Sim, não estou em posse de todas as informações, mas quem é que está senão o Rose?
Sim, sou adepto dos Chicago Bulls (assisto regularmente a jogos da equipa desde 1989) e a minha opinião obviamente não é imparcial. 

Mas quem reclama do Rose é imparcial? Depois de tudo o que foi dito?
Sim, sou fã do Derrick Rose, enquanto jogador de basket e confesso que não o conheço pessoalmente mas o miúdo inspira confiança. Inocente por causa disso? Claro que não. Mas também não é culpado, certo?


A frustração de não ter Derrick Rose em campo apoderou-se de todos os adeptos dos Bulls (e incluo-me no lote), no entanto a memória curta é a maior ingratidão que os fãs podem ter pelos jogadores das suas equipas. E aposto que, regressando a um nível bom, tudo o que foi dito no passado recente será esquecido pelas pessoas que o proferiram e voltarão a gritar pelo seu nome. Sobretudo se ele regressar em grande e nos próximos anos conseguir levar a equipa a um título
No entanto eu acredito que, embora os fãs possam esquecer, o Derrick Rose não o irá fazer… 
E pode ser que daqui a algum tempo toda esta animosidade que lhe foi debitada possa resultar numa desilusão ainda maior (dá-me calafrios só de pensar nisso…)
Mas aí estarei de consciência tranquila. Porque eu não julguei!

Ainda assim na minha opinião, a incompreensão mostrada durante toda a época  já é algo pertencente ao passado. 
Quer sejas fã de Chicago ou não, quem gosta de basket tem de sentir a falta que Derrick Martell Rose faz à NBA.

29 de Outubro de 2013

Chicago Bulls @ Miami Heat



Ele vai estar pronto! E tu?!

#TheArrival







...Brevemente...



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Edição Especial: Point Guards





"Um verdadeiro base tem como função em campo, passar a bola e isso faz com que os seus colegas sejam melhores!"

Será que isto é verdade?!

Durante mais de 10 anos acreditei cegamente nisto.
Nunca ninguém me conseguiu provar o contrário e como toda gente o dizia só podia ser verdade...

Quem é que no seu perfeito juízo é capaz de dizer que um Pass First PG (base que normalmente está à procura do passe e só depois do seu próprio lançamento)  não faz os seus colegas melhor?

Como é que um jogador que faz mais de 10 assistências por jogo pode ser egoísta? 
Mas que lógica absurda é esta que vai contra os princípios de qualquer fã da modalidade com 2 palmos de testa e meio Kilo de senso comum?

Aí é que começa o nosso problema...

Quando analisamos o que acontece dentro das 4 linhas, o senso comum só nos vai levar até um certo ponto.
A partir dai se não tivermos as bases suficientes para entender o que está para além daquilo que esse precioso senso comum nos traz, vamos-nos ver presos no meio de todo o lixo que a comunicação social desportiva vomita para cima de nós (especialmente a Americana que em vez de fazer análises dos jogos ao intervalo, mete comediantes e cabeças falantes a falar de basquetebol). Magic, Chuck, Shaq ,Skip ,SAS ect..


Eu nunca entendi como é que um shoot first PG, que invariavelmente é rotulado de egoísta, podia fazer com que a sua equipa e os seus companheiros jogassem melhor...

Como é que um base que só passa quando lhe negam o tiro pode ajudar um colega a melhorar?


Não tinha as respostas para essas perguntas até que estes 3 senhores entraram em cena.

Confesso que me faz uma enorme "comichão" ver grande parte dos fãs da NBA usar estereótipos para chegar à conclusão de que este faz os colegas melhores e aquele faz os colegas piores só porque o "manual de instruções", que vinha com a action figure assim o diz e por esse mesmo motivo quero mandar uns bitáites sobre o assunto.

Aqui vamos nós....

ROSE, RONDO E WESTBROOK.

A percepção pública destes 3 bases tem vindo a mudar nos últimos anos.


Rondo que era o "patinho feio" quando o BIG 3 de Boston estava no seu auge, transformou-se mais tarde num cisne e é neste momento o porta estandarte do movimento " We LOVE pass first PGs". 

Para quem gosta de bases tradicionais RR9 é o salvador de uma espécie em vias de extinção e a sua versatilidade, visão de jogo e as sua média de assistências na casa das dezenas fazem com que ele seja visto por muitos como o melhor base da NBA.
Embora tenha alguns problemas em relação à sua personalidade, geralmente esses mesmos problemas nunca são utilizados para o "atacar".
Falaremos pormenorizadamente de Rondo lá mais  para a frente por isso não adormeçam até lá ...

Rose nunca conheceu a face mais escura da moeda no que toca à opinião pública e à sua reputação.

O base que ultimamente tem sido alvo de muitas piadas devido ao tão anunciado #TheReturn, sempre foi um dos favoritos do público e o premio de MVP que já possui faz com que seja um nome incontornável quando o tema é sobre "Os melhores da NBA".

É visto pelos fãs como o "rapaz humilde" e isso faz com que se crie ainda mais empatia com o base de Chicago.

Westbrook sempre foi a "ovelha negra".

Destes 3 bases, Russel tem a fama de ser um jogador egoísta,  louco e que atrapalha mais do que ajuda.
Para esta reputação contribuíram (de forma indirecta) James Harden e mais um dos Golden Boys da liga, Kevin Durant.


Especialmente o segundo, visto que é o melhor jogador do conjunto mas ainda assim lança tantas vezes por jogo como Westbrick.
A imagem de YOLO e a sua maneira de jogar têm mudado aos poucos e poucos mas ainda continua a reunir tantos apoiantes como detractores.


Mas destes jogadores quem é o melhor BASE?
Quem faz os seus colegas jogar melhor? 

A resposta é óbvia pois Rondo é o único pass 1st no meio dos 3, certo?


ERRADO!
Vamos lá tentar entender porquê....


Score 1st PGs

Antes de começarmos deixem-me já tirar esta pedra do caminho.

Rose e Yolo são ambos farinha do mesmo saco!!
Acho interessante quando alguém diz que Rose é um base e Westbrook um SG adaptado visto que ambos têm exactamente o mesmo "modus operandi".

Podem usar a defesa de Westbrook para o colocar à frente de Rose!
Podem usar o MVP de Rose para o colocar à frente de Westbrook!
Para ajudar Russel podem dizer que se ele como opção secundária nos Thunder,  já tem os mesmo números que o base de Chicago, imaginem então se ele fosse a opção número 1!
Podem também dizer para ajudar a causa de Derrick, que Westbrook só tem os números que tem porque a presença de Durant faz com que as defesas não possam fazer double teams nele, o que não acontece nos Bulls com o ex-MVP!

Podem puxar de mil e um argumentos mas no final do dia ambos trazem o mesmo à mesa.
Sabem qual é a diferença entre os 2?

O Motor que cada um tem por baixo do capô!

Rose embora seja um jogador emotivo, tem um motor Europeu...
Sofisticado e silencioso mas ao mesmo tempo potente e eficiente...
Rose e o seu bólide não incomodam ninguém e fazem com que as miúdas giras lá da rua não consigam virar a cabeça para o outro lado, quando ele está a estacionar a máquina.

Já Westbrook possui um motor americano em baixo daquele peito.
Barulhento e aparentemente descontrolado mas que tem uma força bruta impressionaste..
Russel não tem a mesma sorte que Rose e mal chega à sua zona, os vizinhos menos condescendentes chamam logo a policia por causa do ruido que a sua máquina produz.

Isso faz com que o mais barulhento Westbrook seja apelidado de louco, burro e descuidado enquanto Rose (que faz exactamente o mesmo) passa pelas criticas tranquilamente e com um sorriso no rosto.

A diferença entre os 2 é mesmo essa...

Barulho! Barulho e nada mais...

É claro que Westbrook vai continuar a ser castigado pelos "puristas" que gostam de ver bases à antiga jogar mas esse é um preço justo a pagar desde que no fim do dia a equipa vença and guess what?!

OKC ganha muito mais do que perde!

Quanto a Rose e ao seu estatuto de intocável (o rapaz não tem culpa nenhuma que os fãs o coloquem nesse tipo de pedestal) durará até ao período de "lua de mel" acabar.


Como disse Iverson acerca de Lebron: "Agora eles amam-te mas um dia eles vão-te odiar".

Os Golden Boys da liga e os jogadores que são vistos pelos fãs como "Can't Do No Wrong Players" mais cedo ou mais tarde vão ver essa benesse desaparecer.
É só chegarem à NBA 3 ou 4 "brinquedos novos" que estes rapazes aqui vão provar da fúria injustificada dos fãs.

Com isto dito, continuo a achar "estranho" o facto de ver vários rankings a falar dos top PGs, em que Rose aparece em 2º e Westbrook em 6º (ou vice-versa).
Sendo jogadores relativamente parecidos não deveriam eles estar colados no ranking, seja qual for a sua posição?!

Só os ingênuos acreditam é que acreditam que 90% destes rankings não se baseiam  no:
"Eu gosto daquele por isso ele é 3º e como não gosto do outro ele é 9º".
Metam-nos em que posição quiserem, digam que um é melhor que o outro mas quando colocam Rose em 1º e Yolo em 5º, eu só posso  considerar isso um acto "suspeito".



Continuando a falar de bases marcadores de pontos viramos as nossas atenções para outros 2 Golden Boys da liga.
E atenção a este pormenor...
Quando eu digo Golden Boys não o faço com qualquer intenção 
de ofender os visados!

Já em diversos artigos frisei a ideia de que a opinião pública de um certo jogador (se gostam ou não dele) é muitas vezes, para o fã casual, mais importante do que qualquer coisa que os mesmos façam em campo. Estes 2 futuros astros com ossos de cristal porque estão sempre na enfermaria fazem exactamente o mesmo que os 2 anteriores mas como não partilham do mesmo atleticismo desumano que Rose e Brook possuem , passam pelas gostas da chuva sem se molhar.


Kyrie e Curry colocam imensa pressão nas defesas (especialmente o miúdo de Golden State) e isso faz com que as equipas adversárias tenham que reagir e ajustar.

A capacidade de tiro de Curry faz com que o seu defesa tenha de o defender sempre bastante perto, logo Curry através do drible, consegue penetrar e fazer com que as defesas colapsem sobre si, libertando os companheiros.


Curry pode-se tornar num dos jogadores mais valiosos da liga porque ele possui na manga um truque que o faz ser  virtualmente indefensável. #CurryforThree3

Como disse Isiah Thomas: 

"Lançar  bem cura a maior parte dos pecados. Não tens de correr rápido, não tens de saltar alto, só tens de dar a bala ao sniper e deixá-lo trabalhar",


A capacidade que este rapaz tem de lançar de fora, OFF THE DRIBLE (subir para 3 depois de meter vários dribles no chão)  é a característica que o faz destacar-se da concorrência e caso se consiga manter intacto saudável, o resto seguirá o seu caminho natural...

A sua defesa é suspeita mas tem tempo para melhorar.


Kyrie é um prodígio com uma técnica individual soberba mas o seu tiro exterior embora seja acima da média, não chega a ter a mesma qualidade do de Curry.

A diferença entre os 2 é que Uncle Drew é bastante mais novo que o atirador de Golden State e tem um tecto muito maior!

Não vou "cascar" em Kyrie porque estou à espera de ver algo mais, para ser honesto.

O talento está lá mas a hype que o mesmo tem sobre si tem muito a ver com o monstro da publicidade e do "parece-me um rapaz simpático".

Desde o episódio em que desafia Kobe(link), passando por Uncle Drew(link), aquele slalom brutal que o mesmo fez contra os Big Boys da Team USA(link) e terminando na necessidade absurda de escolher um herói para os Cavs depois do "Vilão" King James ter abandonado o barco... 

É facil verificarmos isto de que estou a falar com estes 2 exemplos:


Caso A) O fã casual diz geralmente que um jogador de elite tem de ser minimamente bom na defesa. 

[Não concordo mas compreendo. ]



Chega o Jogo All Star e toda gente acha que Irving devia estar lá e não Holiday, que é um defesa bastante acima da média enquanto Kyrie faz com que alguns espantalhos pareçam lockdown defenders.


Caso B) Andamos a época toda à volta da cantiga do pass 1st  e no final do dia quando é para escolher um PG, as mesmas pessoas que diziam "eu gosto mais dos pass 1st PGs" dizem "dá-me o Kyrie e fica tu com o Vasquez".

[É a lógica do fã que fala mal de jogadores como Griffin ou Howard porque estes são muito atléticos e deviam ter um toque mais "fino" mas depois quando vão jogar com os amigos escolhem sempre  em primeiro, o jogador mais alto e o que salta mais].

Voltando a Kyrie, eu ainda não vi "nada" (a não ser previsões para o futuro) que me faça colocar Kyrie no patamar de um Franchise Player de topo, por isso vou-me silenciar e ver o quê que este jovem talento fará na próxima época, com algum talento ao seu redor.

Lembrem-se que estamos a falar de Irving em 2013 e não no de 2017.
O último Score 1st PG de que vamos falar é Tony Parker.

E sim, não me enganei! Antes que alguém o ponha em causa na secção de comentários.



Tp9, por algum motivo que eu ainda não entendi bem, é muitas vezes mencionado como sendo um pass first PG. Não deixa de ser incorrecto porque o francês mostra claramente uma predisposição para marcar pontos.

Parker é facilmente um dos 5 melhores jogadores do mundo a atacar o cesto (tanto actualmente como nos últimos 10 anos) e embora não acabe com os mesmos dunks (link)  potentes que por exemplo Rose nos habituou, tem um arsenal de lançamentos ao seu dispor que o tornam temível nas zonas perto do cesto.

Este é sem duvida o base mais cerebral dos scoring PGs e não tem nenhuma lacuna ofensiva. (Já consegue lançar de 3)



Já na defesa a história é outra e podemos usar como exemplo a série dos POs contra os GS Warriors.


Gregg Popovich teve de esconder o Francês de Stephen Curry e isso criou ENORMES dificuldades porque ao tirá-lo do veloz atirador, colocou-o em Barnes que é muito maior.

O Rookie como não é burro fez 147 mil post ups e isso obrigou a equipa de SAS a enviar  ajuda sempre que Barnes recebia a bola.

Parker continua a ser um dos jogadores mais underrated da liga (por não ser americano, não ter a máquina de Marketing atrás dele que Cp3 tem por exemplo e por jogar nos aborrecidos Spurs que só por acaso praticam o basketball mais agradável da NBA.


E por falar em Spurs deixem-me dizer isto pela última vez:

Pff, habitantes do planeta Terra...

Parem de dizer que o Tony Parker é um System PG e que só funciona no sistema do Coach Pop.

Explicando o sistema de Gregg Popovich de maneira bastante preguiçosa podemos dizer que Pop incentiva a criação de cestos através do passe e não do drible.
O Sistema de Coach Pop privilegia o passe ao drible e às isolações, fazendo com que jogadores que eram ZÉs Ninguéns nos Cavs passem a ser ZÉs Alguéns em San Antonio.

Efeito colateral: 

Se o sistema faz com que a laranja passe por toda a gente isso faz com que Tony Parker tenha stats menores, porque a bola não está nas suas mãos grande parte do tempo Cof cof Westbrook Cof cof Rose cof cof Irving .


Agora expliquem-me como é que alguém pode chamar a TP9 um "system PG" se o sistema que eles usam em San Antonio tira a bola das suas mãos devido ao principio básico do passe a da patilha?! 


Porquê que bases que adoram atacar o cesto, fazem os seus colegas melhores que 90% dos Pass first PGs da liga?
Vamos ver...





Pass 1st PGs



Os tão falados Pass 1st PGs!! 
Aqueles que só têm atitudes altruístas  que fazem os colegas melhores, que são o cérebro da equipa, aqueles que nunca comem a última fatia do bolo e oferecem sempre os seus trabalhos de casa aos colegas para eles copiarem e não levarem reprimendas dos professores.

Este é o cenário que grande parte da massa adepta da NBA transmite quando está a falar deste tipo de PGs e posso já dizer que isto não podia estar mais longe da verdade.

Dentro do grupo "raro" de jogadores com este mind set podemos destacar 3:

-Pablo Prigioni porque tem um nome fixe,
Ricky Rubio, The Spanish Sensation e o Mr Triple Double, Rajon Rando.

Como não me apetece falar do 1º porque ele não é cá chamado para este grupo restrito de talentos na liga vamos falar de Rubio. 

Para ser honesto com vocês eu não gostava de Rubio.
Todos os "miúdos" que entram na NBA com um hype fora de controle não costumam cair em boas graças aqui deste lado e esse foi o caso com o base espanhol.
Como não assisto com a regularidade que devia raramente vejo jogos da liga espanhola achava ridículo que o 2º ou 3º base do Barça fosse capaz de se tornar uma estrela na NBA, quando até o tremendo Juan Carlos Navarro não o conseguiu fazer.

Outro dos meus erros foi cair no estereótipo racial (e desde já peço desculpa) no que toca à sua defesa. Geralmente estes rapazes caucasianos são muito menos atléticos e velozes do que os negros e na minha cabeça só estava o dia em que Rubio iria apanhar os Ty Lawsons, John Walls e os Westbrooks deste mundo, que o iam expor como o jogador Overrated que é!


Estava COMPLETAMENTE ENGANADO!!!

Em termos defensivos Rubio calou-me bem calado e o seu corpo longo consegue criar tantas dificuldades como qualquer outro jogador a atuar na sua posição.


No ataque Rúbio não desiludiu e é um dos jogadores mais espetaculares em campo.

A maneira inteligente como vê o jogo e sobretudo as suas mãos que metem a bola em qualquer lado, fazem com que seja um fan favourite e é um regalo vê-lo a orquestrar o ataque nos Wolves.

Mas eu tenho 2 pequenos, grandes problemas com ele:



A quantidade de TOs que o jovem base faz quando tenta inventar linhas de passe onde elas não existem.

Ricky tem de ser mais egoísta e assumir, pois esta época registou mais de uma dezena de jogos com 5 TOs ou mais.

O 2º problema irá melhorar com o tempo e esse problema é a sua capacidade para meter a bola no cesto.

Este banho de sangue comprova isso mesmo.

Ao contrário de Rondo, jogador de que falaremos a seguir, Rubio lança quando está sozinho e lê bem o que a defesa lhe atira para cima mas o problema é que Ricky simplesmente não tem as ferramentas necessárias para meter a bola no cesto.

Existem muitos jogadores na liga que têm uma visão de jogo inacreditável mas não têm as "mãozinhas" para meter lá a bola.

Neste caso Rubio lê e reage em conformidade mas tanto o seu tiro de média e longa/distância como o seu toque nas finalizações perto do cesto necessitam de muito trabalho durante o Verão.

Se Rubio chegar a adquirir os mesmos o céu será o limite mas até lá fica-se pela 2ª linha de  bases da NBA.

Vamos Muchacho !

Depois de falar dum jovem base em ascensão vamos falar dum base que já se encontra no top há alguns anos.



Rajon Rondo 


Quem me conhece há algum tempo sabe o que penso acerca deste senhor.

Não tenho problemas nenhuns com a  falta de tiro exterior que o mesmo apresenta, ao contrario do sentimento que nutro por Rubio porque ele arranja outras maneiras de se fazer sentir em campo.
Não tenho qualquer problemas com a sua atitude corrosiva, pelo contrário, até gosto deste tipo de jogadores que não se agarram ao politicamente correto mas...


Se eu tiver que escolher os 2 jogadores que a nível basquetebolístico mais me deixam irritado a medalha tem de ir para Kobe Bryant e para o "base á antiga" mais conhecido da liga.


Junto a Westbrook, Jr Smith e Kobe, Rondo deve ser dos jogadores mais tóxicos da NBA e que tanto pode fazer com que a sua equipa chegue ao top como fazê-la viajar em sentido contrário, pelo cano a baixo. 
Explico já a seguir o que quis dizer com isto e vou tentar criticar RR9 da maneira mais construtiva possível.
´
" Rajon Rondo é o base mais versátil da liga porque neste momento é o que tem mais triplos duplos entre os bases activos!"
#Mr.Triple-Double 

Parem de usar este argumento para dizer que Rondo é superior a Cp3 e companhia por favor!

Rondo tem 18 (dezoito) triplos-duplos em 475 partidas e fazendo aqui uma rápida conta de cabeça estou a mentir, usei a calculadora podemos concluir que isso são 3.7% dos jogos.
Sendo generoso com os arredondamentos podemos concluir que a cada 100 jogos Rondo faz 4 triplos-duplos, logo é bastante interessante ver a malta a usar estes argumentos para dizer que ele é mais versátil que todos os base da liga quando na verdade, a sua uma média de ressaltos é parecida com CP3 e chega até a ser inferior à de Westbrook por exemplo.

Aparte: Nesses 18 triplos-duplos vão ver quantas vezes é que os seus postes passaram da marca dos 10 ressaltos e tirem as vossas conclusões. 
Quando eu era novinho alguém me ensinou isto:
"Se fores um jogador exterior tu tens que 'recompensar' os teus Postes porque são eles que te protegem na defesa e no ataque são eles que te abrem o caminho com bloqueios sólidos, logo sempre que possas deixá-los ganhar um ressalto ou finalizar uma jogada simples, fá-lo."

Se em quase metade dos 18 TDs que Rondo fez os seus Big Men não passaram sequer da marca dos 10, tentem lá entender de quem/onde é que Rondo foi "roubar" esses ressaltos fáceis para chegar aos 10...


Na defesa, Rondo neste momento é uma autêntica sombra daquilo que era nos tempos em que Coach Thibs era o coordenador defensivo dos Celtics!

O base que já foi um grande defensor, raramente era batido no 1vs1 devido ao seu atleticismo e à sua enorme envergadura mas neste momento não passa de um jogador que prefere tentar roubar bolas por trás ou ir à procura duma maneira fácil de ganhar a bola para sair em contra ataque.

Vejam Bradley ao lado de Rondo e digam-me sem rir que Rondo é um defesa de elite!
Porque se acham que Rajon tem esse estatuto, Bradley é o Super Sayan Lendário da defesa que só aparece de 1000 em 1000 anos para castigar os maus.



Uma criança de 2 anos não sabe explicar as diferenças entre um golfinho e um tubarão e um fã casual da liga não sabe dizer se um jogador é bom ou mau defesa, sem recorrer à ajuda de terceiros.

Como Rondo tem a fama de ser um bom defensor é sempre mencionado com os top defenders da posição.

Já o foi em tempos... mas já não o é...

Mas por incrível que pareça ainda não é esse capitulo do jogo de RR9 que me deixa com os nervos à flor da pele.


 Há quem chame Rondo de Pass 1st Pg.
Eu chamo-o de Assist 1st PG!

Este é o maior problema que eu tenho com Rondo.
Ele é tão agarrado quanto Kobe ou Carmelo mas enquanto estes 2 últimos têm a fama, Rondo tem o proveito.


RR9 não vai passar a bola a um colega se não der em assistência!!!!
Ele não vai fazer o passe que dá caminho à criação da assistência e enquanto não encontrar maneira de fazer o passe de ruptura, lá se vai o relógio esgotando.

É inacreditável a maneira como ele não aproveita os lançamentos  fáceis que tem ao seu dispor para depois inventar uma assistência 3x mais complicada de fazer.

Os melhores jogadores do mundo aproveitam o que a defesa lhes dá e executam em conformidade mas Rondo infelizmente, raramente o faz.

E é aqui que entra o patrão lá das minhas bandas, o sôr Kobe Bryant!

Lembram-se do famoso Magic Kobe?!


O Kobe que até a certa altura da época fez uma "birra" porque questionaram o número de vezes que estava a lançar e como resposta entrava para os jogos apenas para passar?!

Kobe é o jogador tecnicamente mais evoluído que algumas vez  vi jogar e o seu QI basquetebolístico é altíssimo mas o problema é que mais vezes do que aquilo que desejaríamos, ele desliga e começa a tomar decisões e a fazer lançamentos que até no Space Jam seriam questionáveis.
Bryant sabe perfeitamente que a sua equipa depende de si para marcar e como os Lakers estão de certo modo "reféns" dos seus 30 por jogo, ele está com a faca e o queijo na mão.

Para a malta mais distraída o base dos Lakers este tempo todo chamou-se Kobe Bryant e não Derek Fisher.
O verdeiro PLAYMAKER da equipa sempre foi Kobe que com a sua agressividade e capacidade de meter a bola no cesto fazia com que as defesas tivessem que atirar tudo para cima dele, dando assim oportunidade e espaço para que os seus colegas  menos talentosos pudessem operar mais à vontade . 

Enquanto Kobe ia passando (nas calmas) a marca das 10 assistências por jogo e os meus colegas Laker fans iam batendo palmas, eu só conseguia abanar a cabeça em sinal de desacordo.

As assistências de Kobe eram forçadas e não encaixavam no ritmo de jogo. 
Quem estava menos atento achava aquilo lindo e magnifico mas tinha de ser no final, o Bryant marcador de pontos a salvar o dia e a resolver a partida.

O maior problema que Kobe tem tido durante a sua carreira é a sua predisposição para fazer o que está certo, ou seja, ou entra para lançar ou entra para passar e o desejável não seria nem o 8 nem o 80 mas sim um jogador formatado que fizesse aquilo que era suposto fazer.

Esta é a frase mais importante do artigo e eu espero que a memorizem durante algum tempo:

Seja o Kobe, seja o Rondo, seja o Formigo ou o Alex...
Um playmaker é antes de tudo um jogador de basket e a função de um jogador de basket não é forçar assistências ou lançar sempre que tem a bola nas mãos..

Um jogador de basket lê a defesa, percebe o que lhe estão a dar e executa de acordo com a situação, seja ele um base, extremo ou poste!

Nós dizemos vezes sem conta que o base é o cérebro da equipa e que ele está em campo para passar...

Mas digam-me lá, se ele só está lá para passar para quê que ele tem o cérebro se a sua função é sempre a mesma?

Se só existe um caminho para seguir qual é a dificuldade em fazer o que está certo?!

E é ai que o base entra com a sua capacidade de decisão e que escolher o melhor caminho consoante as circunstâncias.

E é ai o tambem que Rondo falha MISERAVELMENTE!

O base de Boston entra nos jogos exclusivamente para chegar aos seus números de assistências.

Não faz as mesmas dentro do contexto em que o jogo se encontra e deixa os seus colegas fora de ritmo.
Não aproveita o espaço livre dado pela defesa  e mais uma vez isso faz com que os eles sofram com a sua presença em campo.

É inconsistente na suas intenções em atacar o cesto (lança poucos lances livres para quem tem tanto tempo a bola na mão) e quando lá chega é péssimo. (62%, o que o colocam a par de Blake Griffin por exemplo).

Continuando a falar de Rondo e dos seus problemas, Rajon sem bola vale ZERO,!
É o único base de elite que é deixado completamente sozinho, sempre que não tem bola e porquê:


a) Não lança bem de fora.

b) Mesmo que receba a bola o seu mindset (pass 1st , assist 2nd, fake pass 3rd) não é temido por ninguém e isso faz com que as defesas consigam recuperar a tempo.

E agora a cereja no topo do bolo e que basicamente vem a confirmar o que eu vou dizendo sobre ele:

"Rajon Rondo faz os seus colegas melhores!
É só olhar para as estatísticas e ver o numero de assistências."

Já que insistem vamos lá ver isso então...
Não vou ser oportunista e usar os números que a equipa produziu depois de Rondo se lesionar.
Não vou ser oportunista e esmagar os ataques de Doc Rivers que são cronicamente, uns dos piores da liga quando falamos em equipas de Elite.

Vou antes falar dos números da sua equipa com Rondo sentado no banco e com Rondo a jogar.
A equipa de Boston começou com a Era do Big 3 em que Rondo não era mais que um acessório.
Em 2008 era ainda um role player, em 2009 foi crescendo, em 2010 foi pela 1ª vez All Star mas o ataque ainda era maioritariamente desenhado para servir as necessidades do Big 3.


Só no ano passado é que Rondo tomou completamente as rédeas do ataque e com o declínio de KG e PP e a saída de Ray, Rondo tornou-se o Franchise player dos Boston Celtics.


Aqui podemos ver como é que a equipa se comportava quando Rondo entrava em campo e quando ia descansar (antes da lesão):




Vocês podem dizer o que quiserem, falar de 18 triplos-duplos em 470 jogos, podem falar das 12 assistências por jogo, dizer que aquilo que eu estou a falar aqui é uma grande mentira e que isto é tudo para deixar o rapaz mal mas por favor expliquem-me isto:

Como é que é possível que a equipa do base que supostamente melhor faz os seus colegas jogar na NBA, tenha melhores números ofensivos quando ele está no banco do que quando ele entra para jogar?!


E volta tudo ao inicio onde falamos do mau hábito em fazer assistências fora de timing, forçar passes quando há lançamentos fáceis ao seu dispor e a falta de spacing que o mesmo traz cada vez que entra na partida.

Aqui fica um vídeo a falar de alguns Pass 1st PGs e especialmente de Rondo!



All Around PGs


Numa Era em que cada vez mais se valorizam os jogadores versáteis e onde se critica por exemplo, um  SF por não fazer mais de 3 assistências por jogo (#LebronEffect), este tipo de bases são valiosíssimos .
Eu pessoalmente acho que este fetiche por jogadores que fazem tudo e mais alguma coisa é muitas vezes exagerado mas não na posição de PG.

Se o principal objectivo do base é ler e executar, não faz mal nenhum que o cérebro da nossa equipa tenha não só os instintos necessários para fazer aquilo que bem entende da partida mas também possua as ferramentas necessárias para tal.

Nesta lista vou destacar 2 PGs que combinam o melhor de 2 mundos.

O primeiro é Chris Paul.

Na minha opinião, o melhor base da NBA em potencial e performance (tendo à perna TP9) que teve uma época superior ao general dos Clippers em 2013,

Chris Paul simplesmente não tem falhas no seu reportório!
Depois da sua lesão grave no joelho foi obrigado a adaptar o seu jogo e abrandar, o que fez com que acrescentasse uma dimensão extra ao seu arsenal.

Paul apesar de ser bastante veloz, joga ainda melhor quando o ritmo do jogo está baixo e ao contrario de jogadores como Westbrook e Rose, não se torna numa nulidade quando lhe pedem para jogar devagar.

Cp3 ofensivamente passa de um Pass 1st PG, que quer envolver os colegas a um Score 1st PG, capaz de meter a bola no cesto como poucos.

É dos melhores jogadores a fechar jogos e nas 2 últimas épocas perdi a conta às clutch shots que marcou ao serviço da sua "nova" equipa em LA.

Atira de fora e de meia distância fazendo com que os defesas tenham que se manter por perto, mas penetra e acaba em baixo do cesto sem grandes problemas.

É rápido a sair em contra-ataque e ao mesmo tempo eficaz quando organiza o jogo em meio campo.

Tanto joga de frente para o cesto como vai lá para baixo jogar de costas "à la Kobe Bryant", criando bastantes dificuldades a jogadores exteriores que não estão habituados a defender naquelas zonas do campo ou aqueles tipos de movimentos.

A visão de jogo, a qualidade de passe e de drible que Cp3 demonstra dispensam apresentações e a sua defesa (embora um pouco overrated) é bastante sólida. Nunca vemos nenhum PG a abusar de Cp3 apesar do seu tamanho porque ele tem a velocidade para os acompanhar e a vontade para os defender.

Muitas vezes abusa no uso das suas mãos para defender e das tentativas que faz para tentar roubar a bola. Isso é algo negativo mas ao longo dos últimos anos tem andado mais "controlado" nesse tipo de aventuras.

Embora não tenha provado nada nos Playoffs (não, aquela série contra os Lakers não conta) vamos ver o quê que Chris Paul nos reserva com um novo treinador e com um supporting cast digno mas é interessante ver por exemplo que enquanto Carmelo é crucificado por não ter grande sucesso nos POs, Chris Paul tem todos os anos, um Free Pass.

Este é o único base da lista que pode ousar entrar no top 5 de jogadores da NBA (desculpa Rose) mas ele que aproveite enquanto pode porque a Era de Steve Blake, #WhiteChocolate 0.2 está prestes a começar.

Enormes defeitos em Cp3:

Como já devem ter reparado eu odeio falar de assuntos "extra basketball" para elogiar/criticar os jogadores da liga mas este tem mesmo que levar com a régua...

-Se encontrarem algum jogador na NBA mais chorão que CP3 no que toca ao relacionamento com os árbitros e às suas birras quando eles não lhe dão o que ele quer, eu dou-vos todas as minhas Swag Coins que tenho juntado ao longo dos anos.

-Na nossa Gala de Flops(link) realizada há uns meses, Lebron James foi votado como o maior flopper da NBA mas embora todos nós reconheçamos que King James é um dos jogadores com lugar cativo nesse top,  não devia ter sido ele a ganhar Oscar...

Cp3 é de longe o maior flopper da liga e é TRISTE ver o melhor base da NBA, que não tem necessidade nenhuma em fazer estas figuras, manchar o seu curriculum com estas palhaçadas(link).

O outro base de quem quero falar é Deron Willams

Há uns anos atrás eu dizia que Deron Williams era o melhor base da NBA.
A explicação é simples...

Deron Williams é TUDO o que Chris Paul é sem os flops, a choradeira e as tentativas escusadas para tentar roubar a bola.
Mas o que realmente me fazia dizer que Deron Williams era o base nr 1 da liga e não CP3, era a sua vantagem física.

D-Will era Chris Paul só que mais alto e bem mais forte, o que lhe permitia jogar a SG, defender jogadores maiores e tomar partido dessa vantagem mas o que mais gostava em Williams era a sua "Mean Streak".

Deron sempre foi um jogador de poucos sorrisos e nunca entrava em campo para "fazer amigos". Não tinha qualquer problema em meter jogadores mais altos num poster ou de esquecer a técnica por uns segundos e usar o seu poderio físico.

O meu problema com este base é que eu já não sei mais quem ele é!

Desde que saiu de Utah, D-Will tem-me deixado bastante desiludido.
Não com os seus stats ou com o que ele traz à sua equipa mas sim com o impacto que ele teve até agora nos NETS.

Foi completamente normal que na 1ª época não tivesse feito nada porque não tinha equipa para tal mas este ano, ainda que tenha estado algo combalido com lesões, foi INADMISSÍVEL que um jogador deste calibre tenha deixado que a sua equipa tivesse sido eliminada pelos mutilados Bulls, como foram os Nets na 1ª ronda dos Playoffs deste ano.

Este ano D-Will fez-me lembrar Kevin Love nas suas épocas de top em que marcava 25 pontos e fazia 15 ressaltos mas passava COMPLETAMENTE ao lado do jogo, enquanto jogadores com stats muito piores dominavam e deixavam a sua marca na partida. 


Analisando o seu jogo e falando do que ele traz à equipa, eu poderia coloca-lo colado a Cp3/Tp9 mas sendo pragmático e olhando para os resultados, não consigo determinar a sua posição no ranking de bases.

 Se vocês o têm em 1º ou em 7º na vossa lista, de mim vão ouvir sempre um "OK".

Com esta nova equipa em Brookyn os seus stats vão diminuir inevitavelmente (porque vai ter menos bola e mais ajuda) mas ainda assim poderá impactar o jogo como nunca o fez na sua carreira!!

Será que vai estar à altura e vai reclamar o seu lugar no topo da lista de PGs na próxima época?!

Veremos....


Aqui têm mais um vídeo exemplificativo do quê que este tipo de PGs traz ao jogo e temos também um convidado surpresa que se infiltrou na nossa festa de Point Guards ;)