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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Desconto de Tempo


Olá malta. Mais uma semana, mais um dia de atraso no DESCONTO DE TEMPO. Ao contrário da maioria, eu não estou de férias e não tem sido fácil. Mas quando é possível, cá estou eu. Esta semana temos Triangle Offense e Chicago Bulls.
Vamos lá…


Olá #Costa! Sigo o vosso trabalho na NBA FANS - Portugal com bastante regularidade e desde que comecei a entrar mais neste mundo que são vocês que me têm ensinado muito do que há para saber. E com essa vontade também venho com uma questão para este Desconto de Tempo.
Sou fã dos NY Knicks e desde que Phil Jackson, Derek Fisher e companhia vieram para NY, só se fala na "Triangle Offense". Como sou relativamente novo neste mundo da NBA e do Basket achas que será possível explicares em que consiste basicamente e como se vão inserir os jogadores mais "presos" à bola (a.k.a Melo e JR)?
Continuação de um excelente trabalho e obrigado!

João Cunha
Guimarães


Olá João, obrigado pela força!
Ora bem, eu não sou a pessoa mais indicada para falar, de forma aprofundada sobre os aspectos tácticos do jogo porque, apesar de ter tido experiências como treinador no meu passado, nunca foi uma coisa que “investi” muito. Acho que sempre mantive-me no estritamente necessário para entender e fruir do jogo e é esse “mínimo” que possuo que vou tentar transmitir-te.
A “Triangle Offense” é uma estratégia (há quem chame de filosofia dadas as suas características) ofensiva inventada há décadas na California e que foi levada às bocas do mundo por ser o tipo de ataque que o Phil Jackson usou nas suas equipas campeãs (Bulls nos anos 90 e Lakers nos anos 00). Mas não foi o Phil Jackson que a inventou nem foi ele que a levou para Chicago. Isso foi da responsabilidade de Tex Winter, o adjunto de Phil que foi jogador do Sam Berry, o inventor da estratégia.
Basicamente é uma estratégia pré-definida de “read and react”. É diferenciado dos habituais esquemas ofensivos porque não tem “jogadas” (não há cá o PG a driblar à espera que toda a gente esteja no lugar para iniciar uma jogada). É uma “motion offense” porque requer constante movimento de jogadores e da bola e o aproveitamento do que a defesa dá.
O ataque inicia-se de variadíssimas maneiras (a mais conhecida é com o PG a passar a bola a um wing e a ir para o canto criando um triângulo entre ele, o wing e o um jogador interior no low-post) e os jogadores têm determinadas instruções mediante a reacção da defesa. E isto faz com que o ataque evolua de um lado para outro, sempre configurando triângulos entre os jogadores (o que originou o nome, algo que eu acho que é a coisa mais “estranha” disto tudo porque quase sempre qualquer ataque cria “triângulos” entre os seus jogadores) até que a defesa tenha uma brecha para ser aproveitada.
A melhor coisa que podes fazer para aprender sobre esta estratégia é ires ver jogos dos Bulls dos anos 90 e dos Lakers dos anos 00 sob a batuta do Zen Master.
Quanto ao fit do Melo e do JR, é tranquilo. A offense vai dar-lhes open looks e oportunidades de jogar 1x1 com fartura e isso vai deixar-lhes felizes e, se eficazes, bastante produtivos.
Espero que tenha ajudado nem que seja um bocadinho e pode ser que nos comentários apareça alguém mais ”expert” no triângulo para juntar mais sumo e quiçá corrigir algum erro que tenha dito (sim, porque eu não sei tudo)…

#Costa


Boas
O que e que acham que os Bulls podem fazer com a atual equipa (saudável)?

João Sousa
Porto


Olá João
Ora bem, eu acho que saudáveis, o ceiling dos Bulls é o anel. Certo que sou fã da equipa e se calhar estou a ser optimista mas eu não estou a dizer que eles VÃO ser campeões. Estou a dizer que eles PODEM ser campeões. Há inúmeros factores que têm de correr bem para que isso aconteça e o passado não é bom conselheiro em relação a eles.
Como disseste e bem, a chave é a equipa estar saudável. Mas como é óbvio isso é uma presunção normal tendo em conta que é válida para qualquer equipa. Se o Lebron magoar-se a sério, obviamente que os Cavs não ficam com as mesmas possibilidades. Sem Durant como é que os Thunder ganham no Oeste???
Saudáveis, a equipa tem uma superstar que não teve nos últimos dois anos (Rose) e um frontcourt fortíssimo com dois dos melhores big men do jogo (Noah e Pau). O Jimmy Butler precisa de voltar a crescer também. Prometeu muito mas no ano passado teve uma época estagnada. Precisa de melhorar o lançamento de 3P porque sendo um especialista defensivo vai jogar muitos minutos e não pode ser um meco que ajuda a defesa a fazer 2x1 no Rose. Outra coisa que tem de correr bem é resultar a aposta no shooting. É preciso um Dunleavy eficaz e um Snell em ano de afirmação. Snell pode ser um jogador importante porque é defensivamente capaz e lança bem. Se tiver boas médias de longa distância (o miúdo não tem medo de assumir) para a NBA será um reforço importante para a rotação. Last but not least, os rookies têm de contribuir. Esperam-se mais destes rookies do que nos últimos anos em Chicago. McDermott parece ser um jogador pronto para rendimento mas sendo rookie nunca se sabe. Na minha opinião (embora duvide que o Thibs o faça), ele se calhar encaixava melhor na equipa como starter. O Dunleavy foi contratado para ser um jogador da segunda equipa e estar a exigir-lhe números de starter é demais na idade dele. Seria mais eficaz a partir do banco mas para isso era preciso alguém assumir a posição de SF (McBuckets? Snell???). O outro rookie (há ainda o Cameron Bairstow mas esse moço é para abanar toalhas no banco) é Mirotic que acho que terá poucos minutos este ano A NÃO SER que mostre que pode contribuir já. Se o fizer será importantíssimo para os Bulls. Porque vai poder dar mais descanso ao Pau e ao Noah, algo que será fulcral para mantê-los saudáveis ao longo da época e frescos para os playoffs. Com Rose saudável e a ganhar o seu ritmo ao longo da época, com uma equipa que fez um upgrade no spacing e um frontcourt poderoso, esta equipa tem tudo para poder ser campeã. Acho que é visível para qualquer um. Há é mais 29 equipas a lutar pelo mesmo…

#Costa


Hoje fico por aqui porque, para além de haver menos perguntas neste período de férias, tive menos tempo e estas duas obrigaram-me a mais “paleio”. Continuem a mandar as vossas opiniões e dúvidas para correio.nbafansportugal@gmail.com com o vosso nome e naturalidade.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Desconto de Tempo




Olá malta, por motivos familiares e profissionais, o Desconto de Tempo teve de ser adiado um dia. Sim, eu sei. Há pessoal que passou uma segunda-feira ainda mais deprimida por não ter o DT mas pensem pelo lado positivo: a terça-feira acabou de ficar mais completa. Os novos Cavs, o calendário e Derrick Rose são os temas para hoje…


Boas
Queria saber com é que a NBA faz o calendário para uma época. Parece complicado.

Frederico Fonseca
Lisboa


Olá Frederico
Parece-te complicado porque é complicado. Respondendo à tua pergunta directamente, eu não sei como se faz o calendário mas sei as bases com que o Matt Winick faz este complicado trabalho (que começa em Fevereiro e acaba no início de Agosto). Sim, não foi um erro. É apenas uma pessoa que o faz desde o início dos anos 80. Chama-se Matt Winick e o título dele na NBA é tão pomposo como “Senior Vice President of Scheduling and Game Operations”. Tenho o máximo de respeito pelo senhor porque acho inacreditavelmente difícil o que ele faz.
Tudo começa um mês antes de terminar a época regular anterior quando as equipas mandam pelo menos 50 datas disponíveis para os seus jogos em casa (são 41 jogos em casa por equipa) onde estão incluídas pelo menos 4 segunda-feiras e 4 quintas-feiras. Tudo isto será confrontado com as datas em que não há jogos (véspera de Natal, All-Star Break e afins) e com possíveis incompatibilidades com as datas da NHL (muitas equipas jogam no mesmo pavilhão que as da NBA). E depois o homem tenta fazer as coisas para que faça o máximo de sentido possível para cada uma das equipas. O que naturalmente não é fácil dado que agradar a gregos e a troianos...
O calendário em si, por equipa, (que deve ser o que querias saber e não o que estou para aqui a falar) compreende a seguinte organização. Numa época regular uma equipa joga os seguintes jogos:

- 4 jogos frente aos 4 adversários da mesma divisão.
(4x4=16)
- 4 jogos frente a 6 adversários da mesma conferência (outra divisão).
(4x6=24)
- 3 jogos frente aos restantes 4 adversários da mesma conferência (outra divisão).
(3x4=12)
Nota: É feito um sistema de rotação a cinco anos para definir quem são os adversários da conferência com quem cada equipa joga três ou quatro vezes em cada época.
- 2 jogos frente a adversários da outra conferência.
(2x15=30)

Tudo somado, voilá: 82 jogos…

#Costa


O Rose parece saudável na selecção dos Estados Unidos. Será que as lesões já são uma coisa do passado?

Carlos Rodrigues
Fafe


Olá Carlos
Sim, ao contrário do que foi a lengalenga de pessoal muito pouco informado em termos médicos (eu também não o sou mas fui lendo o que os médicos foram dizendo ao longo dos tempos e não a opinião dos jornalistas e afins sobre o assunto), as lesões que o Rose teve estão ultrapassadas. Quer o ACL do joelho esquerdo, que está saudável há mais de um ano, quer o menisco do joelho direito que, pelo que foi possível observar, aparentemente está recuperado. As lesões foram independentes uma da outra e por isso não é de esperar que originem mais lesões. Isto não quer dizer que ele não se pode lesionar novamente. Como o Paul George mostrou, qualquer jogador pode lesionar-se a qualquer altura e a segunda lesão do Rose também é um desses acasos do destino (para quem acredita nessas coisas). Pode acontecer a todos os jogadores sem excepção. Mas sim, parece-me que toda a gente está optimista num regresso a 100% do Rose embora só fazendo uma época regular inteira é que afastará os “fantasmas” que pairam sobre a sua saúde. Prevejo, de qualquer maneira,que ele descanse um bocado mais do que o costume esta época e que faça praí 65, 70 jogos na época regular. A minha previsão para o nível dele é um bocado enferrujado de início e em crescendo com o avançar da época. No último mês e nos POs penso que será possível ver um Rose a alto nível. Nível como quando ganhou o MVP? Acho que não. Estava muito lá em cima nessa altura. E precisa de continuidade para chegar lá. Mas não espero nada menos do que um All-NBA Player.

#Costa


O Rose devia estar a jogar na TEAM USA? Não devia estar a descansar dado que ele anda sempre lesionado?

Rui Morgado
Coimbra


Olá Rui
1º O Rose não "anda sempre lesionado". Teve duas lesões independentes em dois anos consecutivos. Concordava com a afirmação se estas estivessem ligadas, se uma tivesse levado à outra. Como não foi o caso. O Rose lesionou-se. Não "anda sempre lesionado".
2º Respondendo às perguntas, Sim devia estar a jogar na TEAM USA e não, não devia estar a descansar. O Rose está a fazer exactamente o que deve. Jogar. É o que precisa de fazer para regressar ao mais alto nível. E desengane-se quem pensa que ele está a fazer isto porque só pensa nele e afins. Os Bulls QUEREM e pediram-lhe para jogar no Campeonato do Mundo. Ele só tem a ganhar em jogar basket competitivo antes de começar a época. E o risco de lesão como abordei em cima existe para toda a gente em qualquer altura. Por aí, ele não jogava mais porque corre sempre o risco de se lesionar, cada vez que entra em campo. Ele está a jogar, deve jogar e vai beneficiar com isso. Ele e os Bulls…
Para além de que, na TEAM USA, ele vai ganhar novamente o hábito de ouvir o Thibs aos berros com ele (podia já estar “mal habituado”)…  


O Shawn Marion está a caminho dos Cleveland. Ninguém os pára este ano…

Roberto Garcia
Porto


Olá Roberto
Vamos ver depois da bola saltar. A equipa dos Cavs está muito engraçada e o roster tem uma profundidade assinalável. Não acho que o Shawn Marion seja a última coca-cola do deserto e, embora tenha envelhecido bem, não deixa de ter 36 anos. Não sei se o nível de contribuição dele estará como em anos anteriores.Para além de que ele é um jogador que, na minha opinião, não encaixa bem com o Lebron. Fala-se também em Ray Allen que se viu contribuir para os HEAT nos últimos dois anos mas que já tem 39 anos. A idade pesa. Veterania é boa até determinado ponto…
Voltando à equipa (vou analisá-la com o pressuposto que a troca Love-Wiggins/Bennett vai em frente), um cinco com Kyrie, Waiters, Lebron, Love e Varejão é muito engraçado ofensivamente mas defensivamente terá que provar o que vale. O banco com Dellavedova, Miller, Marion, Tristan Thompson e Haywood (dependendo da sua condição física) é também engraçado e alguns elementos serão mais-valias defensivas a finalizar jogos.
Ofensivamente será uma equipa de topo, não tenho a mais pequena dúvida. Se o “rookie” David Blatt (ser estreante será um factor???) contribuir para elevar o nível defensivo da equipa, então estes Cavs estão aqui para ficar em termos de candidatura anual ao anel. Neste primeiro ano, no entanto, é de esperar algum tempo de “adaptação” a novos colegas e novas maneiras de jogar. Será este como o primeiro ano de Lebron nos HEAT? É possível...

#Costa


Hoje ficamos por aqui pessoal. Para a semana há mais e continuem a mandar as vossas opiniões e dúvidas para correio.nbafansportugal@gmail.com com o vosso nome e naturalidade.




segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Desconto de Tempo


Olá Malta. Benvindos a mais um Desconto de Tempo. Durant abdicou da selecção e parece que o Love vai mesmo para Cleveland. Eu entretanto estou por cá a responder às vossas perguntas...  


Olá a todos, sou um grande fã dos Timberwolves e como está iminente a troca do Love para os Cavaliers gostaria de saber o que pensam desta renovada equipa dos T-Wolves com Wiggins e possivelmente Bennet, será que é desta que voltamos finalmente aos play-offs? Também se fala numa troca a três para facilitar a ida do Love, mas não entendo muito bem como isso se processa, poderiam explicar os moldes?
Cumprimentos a todos e obrigado!

Cumprimentos,
Rui Tavares


Olá Rui

Começando pelo fim, a three-way trade que se fala não é para facilitar a ida do Kevin Love para os Cavs. A troca pode ser feita facilmente apenas pelas duas equipas. O que se fala é que os Wolves, para além de receberem o Wiggins, o Bennett e uma pick, queriam também desfazer-se de alguns salários que não lhes interessam (fala-se insistentemente em Kevin Martin, JJ Barea, Chase Budinger ou Luc Mbah a Moute como salários que os Wolves gostariam de ver pelas costas). Para além disso, reports recentes dão conta do interesse dos Wolves em Thaddeus Young para substituir o Love. Os Sixers não se importam de trocar o jogador mas têm que ser bem pagos por isso. E então andam todos à volta disto.
Quanto à equipa dos Wolves pós-Love. Ora bem, eu não acho fácil voltarem ao topo em breve. Os Wolves têm uma equipa engraçada mas falta qualquer coisa. O Rubio é um gozo de ver jogar mas não o vejo como elite e a não ser que evolua muito, não estou a vê-lo ser um PG de topo na liga. E os Wolves precisam disso para competir no Oeste. O Wiggins vai dar potencialmente uma estrela à equipa. Acho que ele vai jogar melhor pelos Wolves do que iria fazê-lo pelos Cavs e isso poderá ser importante. Embora também acho que é melhor esperar antes de considerá-lo mais do que um bom rookie. O Bennett mostrou na summer league um pouco mais do que vale (acho que é muito melhor jogador do que o ano de 13/14 deu a mostrar). Tem potencial mas penso que ainda não é este ano que será um jogador importante para a equipa onde jogar. Se os Wolves trocarem-no pelo Thad Young ficam muitíssimo melhor servidos (No curto prazo. No longo, depende…).
Quanto ao futuro imediato da equipa, com um backcourt que provavelmente não conseguiria defender o Magic e o Jordan hoje em dia e a falta de um eficaz rim protector (há um no banco mas o Pekovic não sai da equipa), vejo uma equipa muito frágil defensivamente e o Oeste é muito forte. Acho que, para os Wolves voltarem a ser relevantes, o que receberem em troca do Love será o primeiro passo mas serão precisos mais nos próximos anos.

#Costa


Li que a troca do Kevin Love pode ser travada pela NBA. Porquê?

Artur Sousa
Castelo Branco


Olá Artur

Não acredites em tudo o que lês. Esta troca será varrida a pente fino pela Liga porque está a ser insinuado nos media que o Love e os Cavs já poderão ter um acordo para assinar um contrato no próximo verão, algo que não é permitido. CASO a liga tivesse provas desse facto, então a troca poderia ser efectivamente barrada. Mas não creio que a malta que está a tratar disto seja amadora o suficiente para ter algum documento incriminador ou que não negue quando a liga perguntar por isto. Ou seja, apesar de poder ser assim como se diz, a liga dificilmente poderá provar e com isso impedir a troca. Ou seja, o Kevin Love deve efectivamente no final do mês rumar a Cleveland para se juntar ao Lebron e aos Cavs. Ficaria MUITO surpreendido se fosse o contrário.
Em jeito de informação adicional, já houve uma situação em que a Liga agiu sobre um acordo destes. E também foi com os Wolves (o jogador foi Joe Smith). Mas porque na altura  houve uma luta entre empresários que foi a tribunal e um documento apareceu. A equipa foi severamente castigada com multas pecuniárias e perda de draft picks…

#Costa


Sendo um fã dos Utah Jazz, gostava de saber a tua opinião sobre o estado actual e o potencial desta equipa. Agora que "limparam" com os mais veteranos e deram o "poder" aos miúdos, incluindo o head coach...qual será o potencial desta equipa? 
Teremos, daqui a uns 2/3 anos uns Utah Jazz a causar muitas dores de cabeça no Oeste e nos playoffs?

André Batista
Setúbal       


Olá André

Os Jazz têm um conjunto interessante de jovens jogadores. Mas o problema da equipa é esse mesmo. Apenas têm um conjunto interessante de jovens jogadores. Só juventude não resulta. Nunca resultou (pelo menos no passado recente). É preciso contrabalançá-la com alguma “presença veterana” para tornar a equipa mais competitiva. É isso que tem faltado aos Jazz. Competitividade. Dos Jazz eu gosto do Derrick Favors, do Gordon Hayward e do Dante Exum. Este último se “explodir” pode ser um “click” importante para os Jazz. Mas acho que, apesar de poder jogar como 2Guard, o Exum seria melhor aproveitado a PG. Mas penso que, pelo menos inicialmente não será assim porque os Jazz têm o Trey Burke e gostam dele. Eu não gosto assim tanto. Acho que não deu o salto para os pros da melhor maneira. Mas tem espaço para crescer. Também acho que há um “buraco” a Center. O Kanter não está a confirmar as expectativas e poderá até ser ultrapassado este ano pelo Gobert (que é melhor rim protector).
Quanto ao futuro da equipa, a não ser que façam uma ou duas incursões engraçadas na free agency nos próximos anos, não vejo a fuga da Lottery como estando para breve, dado o star power que existe a Oeste.
Perguntaste-me daqui a 2/3 anos. Ora bem, se o Exum daqui a 2/3 virar uma estrela da NBA e com isso a equipa consiga atrair outros high profile players (embora seja difícil porque se assim for, ele irá estar na altura de uma extensão de contrato e isso juntamente com o Max do Hayward e o salário do Favors, deve haver pouco espaço no salary cap) para jogar ao seu lado, o destino da equipa pode mudar. Mas actualmente, olhando para equipa, o futuro parece-me ainda longe…

#Costa


Que é que achas do Durant ter abdicado da selecção?

José Carlos
Braga


Acho que está no seu direito. O Kevin Durant é o jogador com mais minutos na liga nas últimas 4 épocas (e com mais 379 minutos de vantagem sobre o segundo). Se ele diz que está cansado, eu acredito nele. O Campeonato do Mundo é uma competição “menor” no panorama do ano basquetebolístico para um jogador da NBA e se ele acha que deve descansar, acho normal.
Agora, para a TEAM USA é um duro golpe. O Durant é um jogador perfeito para as competições da FIBA porque com high jump shot que ele tem e a diferença entre linhas de 3P, é fácil de ver que é uma máquina de fazer ponto quase indefensável. Mas acho que os EUA ainda têm uma grande selecção com um backcourt sem igual, para além de um caminho facilitado até à final. Contra a Espanha será duro porque os irmãos Gasol e o Ibaka vão dar muito trabalho lá dentro. Deverá ser um jogo interessante (caso ambas as selecções cheguem lá, claro…).

#Costa


Lebron James ou Michael Jordan?

Simão Proença
Viana do Castelo



Estás a brincar, não estás???

#Costa


Fico por aqui para não me chatear. Obrigado pelas vossas questões e espero que continuem a pedir um Desconto de Tempo!!!
Não se esqueçam de mandar as vossas opiniões e dúvidas para correio.nbafansportugal@gmail.com com o vosso nome e naturalidade.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Desconto de Tempo



Olá malta!!! Como não poderia deixar de ser, Paul George e Kevin Love dominam o Desconto de Tempo desta semana. Vamos a isso…


Olá NBA FANS – Portugal. O Paul George lesionou-se com gravidade e li que vai ficar de fora a época toda. Como ficam os Pacers? Podem contratar um substituto ou vão ter de ficar com o plantel que têm agora?

Francisco Ramos
Olhão


Olá Francisco. Ora bem, essa é uma questão que só o Larry Bird pode responder. Os Pacers vão poder beneficiar de uma excepção chamada Disabled Player Exception (DPE). Esta excepção permite-lhes contratar (ou trocar) um jogador por uma época (e uma época apenas, ou seja não pode trocar por um jogador que tenha mais do que um ano de contrato ou assinar um jogador por mais do que um ano) pelo valor de metade do salário do jogador magoado ou a Non-Tax player Mid-level exception, das duas a que for menor. Neste caso, como o Paul George recebe mais de 15M, a DPE vai ser pelo valor da Mid-Level que é cerca de 5,3M. Com este dinheiro, os Pacers podiam oferecer um contrato ao Shawn Marion, por exemplo, e manter um cinco respeitável. Mas aqui a questão é outra. É uma questão de política. Os Pacers não são uma equipa para pagar Tax. E estão neste momento a 2M da Tax line. A DPE dá-lhes 5,3M para substituírem o Paul George mas o dinheiro conta para o cap e para o tax na mesma. Ficaria surpreendido se os Pacers usassem a DPE, fazendo-os pagar tax numa época em que, mesmo assim, não têm hipóteses de serem campeões. Os donos do franchises estão por vezes dispostos a pagar tax numa situação em que a sua equipa têm hipóteses de ganhar. Sem Lance Stephenson e Paul George (que o ano passado representaram entre 30% e 40% dos pontos e assistências da equipa), esta equipa dificilmente está numa winning situation, por mais que o Este esteja em aberto. Para além disso, os Pacers têm 15 jogadores com contrato. Nem todos garantidos, mas teriam que mandar embora alguém para poder trazer alguém.

#Costa


Parece que o Love vai mesmo para os Cavs. Acham que Wiggins, Bennett e uma first round pick é um preço justo por ele?

Tiago Branco
Porto


Olá Tiago. É a troca que mais se tem falado desde o início mas penso que não ficará só por isso. Acho que terá mais implicações e se calhar juntará mais uma equipa. Os Wolves querem despejar salários (fala-se insistentemente em Kevin Martin e JJ Barea) e querem aproveitar a troca do Kevin Love para isso. Tendo em conta o cap space, os Sixers têm sido mencionados como possível parceiro para a troca. E se for bem recompensado por isso, vejo os Sixers serem envolvidos nisso, até porque já demonstraram interesse no Dion Waiters e pode ser uma maneira de o conseguir. Há também um report que aponta para o interesse do Wolves no Thad Young como substituto do Love em Minnesota. Tudo isto junto pode fazer com que haja uma troca a três. Se assim for é normal todos estes reports diferentes porque há muito cenários em cima da mesa e não fácil chegar a um consenso que agrade a duas equipas, quanto mais a três. Mas creio que no fim de contas, vão acertar uma troca à volta da ideia inicial e tentar “misturar” mais alguns jogadores. Dia 24, 25 de Agosto devemos ter mais novidades.

#Costa


Olá pessoal, gosto muito da vossa página e vou lá todos os dias. É muito cool.
Tenho três perguntas para vocês:
1. A lesão do Paul George foi inacreditável. Li que isto vai afectar a disponibilidade dos jogadores da NBA em jogar pela selecção. Vão ser proibidos de jogar?
2. Li também que a base da tabela estava muito perto da linha final. Foi isto que causou a lesão?
3. Quanto tempo o Paul George vai ficar de fora?

Hugo Almeida
Sintra


Olá Hugo e obrigado pela força.

Pergunta 1: A NBA tem um acordo assinado com a FIBA e creio que não vai proibir jogador nenhum de jogar em Olimpíadas ou campeonatos do mundo. Há muitos factores envolvidos e o principal é… os jogadores quererem jogar pela TEAM USA. Há uma visibilidade maior, há contratos de patrocínio de marcas desportivas e também orgulho nacionalista em causa. Na minha opinião não faz sentido proibir nada disto. Sim, a lesão do Paul George foi lamentável. Mas podia ter acontecido num treino ou num jogo dessas ligas amadoras que os jogadores jogam durante o verão. Vão proibir os jogadores de fazer isso? E vão proibi-los de treinar? Também já li por aí que poderiam pensar em deixar a TEAM USA para os jovens e proibir os mais velhos de irem. Boa! O Paul George, em todo o azar que teve, já assinou um contrato gordo que o assegura financeiramente caso (altamente improvável, tenho que dizer) esta lesão seja mais grave do que se pensa e afecte o futuro da sua carreira. Mas se acontecesse tal a um jovem jogador a sair da universidade como era? Uma mão à frente e outra atrás certo? Os owners estão obviamente a tentar zelar pelos seus interesses mas há muitas mais coisas a pensar do que no bolso deles.

Pergunta 2: A base da tabela estava de facto mais perto do que é normal. Os requisitos normais para a distância entre a base da tabela e a linha final na NBA são de 4 feet. Ora, a tabela sexta-feira estava a 3 feet e 11 inches. Ou seja, estava a menos cerca de 3 centímetros. Não me parece que esses 3 centímetros tenha sido mais determinantes para a lesão do Paul George do que o seu magnífico poder atlético e o seu foco que faz com que jogue sempre a sério, mesmo numa peladinha como aquela. De notar que habitualmente as bases das tabelas costumam estar mais afastadas (habitualmente 6-8 feet) mas existem 2 pavilhões na NBA (creio ser o dos Kings e o dos Jazz) que simplesmente cumprem o regulamentado e estão a 4 feet. Para além disso, a TEAM USA usa aquele pavilhão desde 2006 e foi a primeira lesão que ocorreu. Acontece. Foi azar. Há que tomar medidas para proteger mais os jogadores mas não acho que agora seja momento de atribuir culpas. É altura é de tentar ver o que se pode fazer no futuro para evitar acidentes estúpidos como este. E a verdade é que, mesmo que a base da tabela estivesse mais atrás, ninguém pode garantir que o Paul George não pudesse cair mal e rasgar um joelho ou um tornozelo, podendo acabar com uma lesão ainda pior. Por tudo isto, acho que não faz sentido estar a apontar o dedo à base da tabela como responsável por aquilo que foi um lamentável acidente.

Pergunta 3: Todas as lesões graves têm tempos de recuperação diferentes. Porque dependem das pessoas que as sofrem e as pessoas são todas diferentes. Segundo os reports, a operação correu muito bem e os danos não foram para além do osso (não houve danos nos ligamentos e nas artérias, como, por exemplo, no caso do Shaun Livingston). Assim sendo, é preciso regenerar o osso e depois partir para a recuperação física e mental. Já li que o Kevin Ware (jogador que também teve uma factura parecida num jogo do March Madness em 2013) voltou passados 7 meses mas que o regresso não correu bem. Também já li que serão precisos cerca de 18 meses, fazendo com que o jogador perca época e meia. Não sendo médico mas tendo lido um pouco sobre isto, creio que deverá ser seguro de apostar que o Paul George vai falhar toda a próxima época e aproveitar o tempo até Setembro de 2015 para entrar saudável no training camp de 2015/2016. Pode ser menos tempo, pode ser mais, mas uma coisa tenho a certeza: não vejo os Pacers a arriscar um regresso prematuro de uma lesão que tem tudo para um regresso a 100%.  

#Costa


Ora bem malta, esta semana ficamos por aqui. Continuem desse lado que eu continuarei deste...  

Não se esqueçam de mandar as vossas opiniões e dúvidas para correio.nbafansportugal@gmail.com com o vosso nome e naturalidade.